quinta-feira, 2 de julho de 2009

Editorial - Junho de 2009

Arraiá dos Sentimentos

Mês de festas, comemorações. Festas juninas e julinas. Mês dos namorados.
O colorido parece dar vida à face da terra neste período.

Vibrações de afetividade e amor parecem ter datas certas para serem sentidas ou até mesmo vividas.

Será que precisamos de datas especiais para nos expressar, para sentir?
Que tem acontecido com o homem e seus sentimentos?
Eis o momento especial para refletirmos sobre a quadrilha dos nossos sentimentos, relacionamentos, posturas de espíritos que foram criados perante uma lei de amor.

“Com a filha de João, Antônio ia se casar, mas Pedro fugiu com a noiva na hora de ir pro altar. “
Por que será que a noiva abandonou Antônio e fugiu com Pedro?
Como Antônio se sentiu?
Qual o encantamento de Pedro, que fez a noiva tomar tal decisão?

Relacionamento é sinônimo de desafios.
Conviver é viver em comum com outrem. É desafiar a vida de contrários. Será que estamos sabendo viver e sentir? Ou estamos remoendo nossos sentimentos, esperando sempre que o outro seja o príncipe encantado, o amigo perfeito, a família espiritual certinha que tanto sonhamos, o grupo acolhedor?

Vivemos uma época de exigências sentimentais. Queremos do outro o que ele ainda não pode nos oferecer. Exigimos que o outro sinta muitas vezes o que nem nós conseguimos sentir. Exigimos e exigimos, esquecidos de que o sentimento do amor não é cobrança. O sentimento do amor não pesa, vale! Vale a pena ser sentido e não ser estressado.

Ouvimos muito falar sobre as asas do amor e vivenciamos em contradição esse sentimento. Se ele tem asas, ele é liberto, ele voa, ele alça os páramos do infinito, ele não vive em uma gaiola, sendo domesticado ao nosso bel prazer, por nosso egoísmo.

Estamos à procura do amor, de alguém com quem possamos dividir nossas vidas, nossas expectativas, alguém com quem possamos dividir nossos sentimentos, alguém com quem gostamos de estar ou à procura de alguém que seja nosso escravo, nosso empregado, alguém que moldamos como queremos e aprisionamos às nossas vaidades?

Há uma historia reflexiva, que muito vem colorir este nosso momento:

Contam que um príncipe reuniu seu povo e meditativo, comunicou-lhes a decisão de partir da aldeia. Estaria em busca daquela com quem partilharia todos os anos de sua vida , disse ele. Iria percorrer outras terras, a fim de encontrar a companheira ideal, perfeita, que lhe preenchesse os vazios da alma sonhadora! Decorridos vinte anos, eis que retorna o príncipe à sua aldeia, sozinho e um tanto desolado.

- Alteza, vemos que não estás acompanhado. Onde está a princesa por quem tanto buscavas? – Indagou um dos súditos.
- Meu caro amigo, encontrei, sim, aquela que seria a esposa perfeita para mim...
- E então? – Redarguiu o servo, intrigado.
- O problema, amigo, é que ela também estava em busca do esposo perfeito...

Chegamos num ponto da reflexão que percebemos que nossos sentimentos estão adoecidos, nossos relacionamentos precisam ser medicados.

O evangelho é o maior terapeuta de nossas vidas e em sua farmácia existem vários medicamentos que podem nos ajudar a conhecer o verdadeiro sentimento do amor, base para uma boa convivência. Eis abaixo algumas indicações que podem ser usadas sem receio. Não têm efeitos colaterais.

Receituário:
Cápsulas de paciência (tomar de hora em hora)
Drágeas de aceitação (ingerir preferencialmente quando for contrariado)
Tintura do perdão (tomar assim que for ofendido)
Comprimido do diálogo (ingerir antes das discussões)
Injeção de fé (tomar nos dias de desespero)
Pomada do respeito (passar três vezes ao dia)

Que possamos fazer o Nós e não o eu neste arraiá dos sentimentos!


Alegria de Viver


Alegria, mola fundamental que impulsiona o ser humano a progredir de modo natural e sensato.

As pessoas têm uma visão deturpada e restrita da alegria, pois a confundem com sensações intensas que os bens materiais podem proporcionar à sua vida. A verdadeira alegria está associada à entrega e à certeza de que estamos nas mãos da Divindade que tudo provê para cada um de nós.

Nessa confiança integral, de que tudo obedece a um comando maior e na convicção de que a Providência Divina é amorosa e misericordiosa com cada um de nós, vamos preenchendo o nosso coração de luz.

Viver com alegria é estar plenamente sintonizado com a Divindade, através das lições que a vida nos proporciona.

No cultivo da fé em Deus e na sabedoria em viver a vida, buscando realmente ler nas entrelinhas o que ela traz de aprendizado para nós, vamos romper as barreiras, cientes de que não estamos sós, que existe “algo” inexplicável que direciona nossa vida nos preenchendo de energia suficiente para romper as etapas, sem perder o brilho de alegria que existe em nós.

A felicidade é um trabalho interior, que independe de qualquer coisa externa. Deus representa a base dessa alegria e, quando entendemos que a felicidade provém da habilidade de percebermos as intenções da ação divina que habita em nós, passamos a cultivar a certeza de que tudo o que existe no universo tem sua razão de ser. Dentro de nós existe um universo incomensurável que infelizmente fica restrito no mundo pequeno dos nossos interesses mesquinhos, que ainda falam tão alto dentro de nós.

Quando buscarmos no Criador a orientação de nossa vida, a alegria de viver será presença marcante em todas as nossas atitudes. E aí sim, não só seremos preenchidos dessa alegria vital, mas também levaremos essa energia a tantos corações necessitados a acreditar que vale a pena ser feliz!

Normita

Inversão de Valores


Li, há alguns dias, um comentário no jornal, que me fez rir. Contava o colunista, que um seu amigo havia perdido no calçadão do centro da cidade, dois carnês de pagamento e dentro de cada um, a respectiva importância para a quitação de suas prestações. Qual não foi sua surpresa, quando no dia seguinte, em sua casa (no carnê havia registrado o seu endereço), recebeu de volta os referidos carnês, devidamente pagos, acompanhados das moedinhas referentes ao troco, bem como um bilhete do benfeitor dizendo haver realizado o pagamento numa Casa Lotérica para evitar cobrança de juros, uma vez que as prestações venciam naquele dia, e ainda mais, que dispensava qualquer gratificação.


Por que será que achei engraçado um fato que deveria ser encarado como normal? Penso que é porque estamos tão acostumados com histórias de falcatruas, de espertezas, de gente querendo se dar bem, sem pensar no bem estar alheio, que um gesto honesto nos espanta.

É bem provável que esse homem da história dos carnês tenha sido chicoteado por pessoas de suas relações dizendo qualquer coisa assim: - Que ridículo você foi!

Além de devolver o dinheiro, ainda se deu ao trabalho de fazer o pagamento!!!

Uma inversão de valores: o certo torna-se errado e espantoso, enquanto que o errado passa a ser o esperado, o normal.

Existe uma sábia frase de Rui Barbosa que diz: “De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantar-se o poder nas mãos dos maus, o homem chega a rir-se da honra, desanimar-se da justiça e de ter vergonha de ser honesto .”

Nós, que já nos preocupamos com o nosso progresso moral, temos o dever de estarmos atentos a pequenas situações, para que não venhamos a cometer equívocos, que cada vez mais reforçam o paradigma de que o que importa é de se dar bem a qualquer preço.

Certamente não cometemos delitos extremos, mas pequenos deslizes ainda somos capazes de cometer e temos que ter grande preocupação quanto a isso. Somos o espelho, dando o exemplo para a formação de futuros cidadãos. Precisamos trabalhar por uma sociedade mais honesta, praticante do “amar ao próximo como a si mesmo” e onde o respeito a si próprio e aos outros esteja acima de tudo.

Gidelma Quintanilha

Disciplina Moderna


Certamente falar ou escrever sobre disciplina envolve uma série de questões íntimas que indubitavelmente irão nos cercar mais cedo ou mais tarde. Mesmo assim esse tema tem sido talvez o mais “moderno” desde sempre e ainda deverá ser por algum tempo. Quem de nós, espíritas, não se lembra de quantas vezes Emmanuel receitou a Chico Xavier disciplina, disciplina e disciplina? O fato é que talvez estejamos acostumados a viver e conviver com nossas dificuldades e acabamos por relaxar em nossa lapidação diária, em nosso amadurecimento e em nossa necessidade de transformar as dificuldades em desafios a serem superados.


Ainda acredito que pouco sabemos da tão esperada felicidade, mas se apresentarmos algumas situações de escolhas conscientes para uma vida saudável, a grande maioria de nós não teria dúvidas em apontar essa ou aquela escolha como a mais feliz. Vejamos algumas opções: Desfrutar de alguma atividade física diariamente ou dedicar demasiado tempo ao trabalho ou aos estudos; Cumprir os compromissos da agenda pontualmente ou atrasar alguns relatórios e estar atrasado para alguma reunião importante; Acordar mais cedo para se dedicar aos estudos que propiciarão a tão sonhada oportunidade de trabalho ou descansar um pouco mais, aproveitando o conforto e a segurança do lar. Enfim, inúmeras são as escolhas que fazemos diariamente e, sem perceber, muitas vezes, cedemos à acomodação e retardamos a vivência da disciplina em nossa vida. Com isto, abrimos mão de momentos felizes e, quando percebermos, poderemos estar doentes da alma.


Recentemente e repetidamente temos constatado que as palestras terminam com aproximadamente duas vezes mais ouvintes do que quando se iniciam. Nesta e noutras situações, vamos percebendo que estamos mais indisciplinados do que podemos perceber. Mas qual será o limite entre disciplina e autoritarismo? Até onde estamos sendo excessivamente compreensivos e tolerantes conosco mesmos? Até onde estamos sendo obcecados por pontualidade e regras? Precisamos identificar melhor o impacto dessas escolhas para nossa vida e para nossa felicidade. Como ficamos felizes em cumprir nossos compromissos e como é bom chegar um pouco antes do horário pra cumprimentar os amigos e reatar alguns laços que a rotina nos fez esquecer. Seja na casa espírita, no trabalho, no inglês, na academia, na escola, na faculdade ou até mesmo em casa, sempre teremos uma boa sensação por termos chegado na hora, por termos feito o melhor que podíamos. A disciplina bem aplicada no dia-a-dia nos trará o equilíbrio de nossas ações que, por sua vez, nos fará muito bem espiritualmente, pois estaremos em harmonia conosco e com as leis divinas que estão gravadas em nossa consciência.


A disciplina ainda não é tudo que precisamos, mas para chegarmos a agir espontaneamente no bem, precisamos ser educados pela mãe disciplina, que embora muitas vezes nos pareça chata e trabalhosa, irá nos treinar a respeitar o próximo e conviver melhor.


Temos literaturas atuais afirmando que o espiritismo ultrapassou a era do conhecimento, o que sem dúvidas é muito bom, mas de forma alguma nos exime de continuar sedentos de conhecimentos e disciplinados também nos estudos. Entretanto, o fator primordial para nosso avanço é a prática e a vivência de tudo que temos aprendido. O aluno que se forma recebe apenas conhecimentos básicos acerca de diversos assuntos possíveis de serem tratados um dia em sua vida profissional. Por esse motivo deve estagiar e se envolver na prática de cada um desses conhecimentos a fim de se capacitar e descobrir por si próprio o profissional que existe dentro de si. Assim somos nós com relação à doutrina espírita, muito temos aprendido, mas a hora é de agir, de perdoar, de compreender as dificuldades do próximo, de estender a mão, de visitar os que mais se encontram carentes de atenção, de abraçar, de beijar e assim estaremos descobrindo que amar é muito melhor do que ser amado e muito mais simples do que pensamos ser.


Leo Lopes

Você sabia?


Que o primeiro jantar dos namorados foi chocolate?


Eliane Moll, quando presidente, ganhou o espaço da AVERJ para realizar uma festa. Estava próximo ao dia dos namorados, ela chamou tia Jô, que na época era a dirigente de mocidade, e disse que gostaria que o evento fosse realizado pelos jovens. Tia Jô pensou logo em um chocolate, e Ruth, em fazer algo para comemorar o dia dos namorados. Como Chocolate e namorados tinha tudo a ver, por que não realizar um chocolate comemorando o dia dos namorados?


A idéia foi aceita e assim foi realizado o primeiro chocolate em homenagem ao dia dos namorados. Passado algum tempo, já com Dr. Renato na direção, foi realizado então o primeiro jantar dos namorados na AABB. Foi assim que surgiram os eventos do Grupo, jantar dos namorados e chocolate.


Rose


Jantar dos Namorados 2009 - Conceição, Rose, Grace, Ruth e
as garçonetes Lara, Aretha, Fernanda, Shana e Krishna.
Que Beleza!