segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Editorial - Dezembro de 2009



"Permanecerei em mim e eu permanecerei em vós. Como não pode o ramo produzir fruto de si mesmo, se não permanecer na videira, assim nem vós o podeis dar, se não permanecerdes em mim.”

Jesus (JOÃO, 15:4)

Ano 2009, nova administração, equipes de trabalhos renovadas, tudo diferente em nossa Casa, porém com os mesmos trabalhadores.

E assim tudo começou: iniciamos com a Tarde do Sorvete, depois Bingo, Homenagem às Mães, Jantar dos Namorados, Festa Junina, Passeio, etc., além das atividades doutrinárias e mediúnicas. Houve momentos de descontração, estresse, preocupação, lágrimas de dor e de alegrias. E imitando o poeta: “foram muitas as emoções...”

Juntaram-se a nós novos tarefeiros, outros retornaram após longo período de afastamento, alguns se foram... Para outras cidades e também tivemos os que retornaram à Pátria Verdadeira para continuar sua caminhada conosco em outro Plano.

E assim, chegamos ao final de 2009. Quantas oportunidades esta Casa Bendita, que é nosso porto seguro nos proporcionou. E agora? Agora é o momento de juntos, numa grande corrente de amor, agradecermos ao nosso Pai Misericordioso pelas bênçãos aqui recebidas.

Que nossos corações possam estar fortalecidos e conscientes de nossas responsabilidades, pois nossa casa é a Casa do Mestre Jesus. E para que possamos dar bons frutos é necessário que permaneçamos junto a Ele, nutrindo nossos corações e mentes do mais forte alimento universal: O amor. O amor que cobre a multidão dos pecados, o amor que vence a barreira do orgulho e da vaidade. O amor que une as criaturas em torno do CRIADOR.

Que nossas propostas para o ano vindouro sejam envolvidas neste Sentimento Maior, para juntos vivenciarmos novas emoções... Produzindo frutos saborosos para nós e para nossos irmãos no plano físico e na esfera espiritual.

Que possamos colaborar com os Mensageiros do Bem, em mais uma etapa de aprendizado e trabalho, e assim contribuir para que o Espiritismo possa alcançar sua maioridade.

Avante! O Cristo conta conosco.

G. E. Culto Pedro

Relacionamentos


E lá vem de novo esse tema já tão “desgastado”. Desgastado, porém não consumido. Porque aquilo que se consome no processo, gera novas energias. E o que é desgastado, se inutiliza pelo mau uso. Tema falado e cantado em prosa e verso. Tratado nas mais diferentes linguagens, mas ainda não visto e escutado em sua essência. Não que eu tenha em mim o poder de sentir ou fazer sentir a essência do assunto, mas hoje acordei convocada a escrever sobre ele. Talvez pela minha própria necessidade de me consumir nele. Pensando em temas desgastados e não consumidos, podemos citar o amor, a paz, o próprio evangelho. Já “sabemos” tudo sobre eles, mas e aí? Essa é a pergunta que não cala. Onde estão esses assuntos em mim?

Assistindo por vezes à onipresente televisão, o que vemos é o nosso retrato, do nosso mundo. Por mais que possa haver exageros, ênfases, marketing, etc., lá estamos nós. No filho que maltrata o pai idoso, porque ele já não funciona tão bem; no marido que mata “por amor”; no religioso que não tolera outra religião, porque só a sua “tem” a verdade; na mãe que abandona o filho, que não estava nos “seus planos”; na menina que se prostitui “para sobreviver”; no rapaz que “trabalha” no tráfico por falta de outra oportunidade; no motorista que atropela tudo o que se lhe interponha no caminho (pessoas, animais, sinalização de trânsito); no médico, que por ter muitos empregos, não tem tempo para realizar o seu trabalho; no professor, que para ”ensinar” as letras, desconsidera o sujeito em formação; no advogado que para “defender” seu cliente “interpreta” a lei à sua maneira; no juiz que toma decisões imprevisíveis, porque sujeitas a diversas “interferências”; no político, cuja “polis” se resume aos seus parentes. Mas estamos todos do outro lado também, no idoso maltratado, na mulher agredida, no filho abandonado, no pedófilo, no traficante, no dependente de drogas, na vítima do trânsito, no paciente, no aluno, no réu, no eleitor etc.

Na verdade, os diversos papéis sociais nos cabem igualmente a todos. Se na situação atual nos vemos em alguns deles, no passado já estivemos nos opostos e no futuro, quem sabe?

Como a Lei é de causa e efeito, uma coisa é certa, se hoje somos vítimas, ontem fomos algozes e, se hoje somos algozes, ainda que no passado possamos ter sido vítimas, no futuro o seremos de novo. Por mais que, materialmente, o algoz pareça ganhar da vítima, todos perdem. O verdadeiro ganho só advém quando um deles sai desse papel não para o seu oposto, mas para um papel novo. Quem abre mão dos velhos papéis, infinitamente alternados, de algoz e vítima, se candidata ao papel de protagonista do novo tempo.

O novo tempo nos convoca a assumirmos nosso verdadeiro personagem, o de filhos de Deus e, consequentemente, irmãos uns dos outros e de todos, dos algozes e das vítimas.

Como será possível sair dessa roda viva? Quando vitimado, quero meus direitos e, ao impô-los, torno-me algoz. E daí, o que fazer? Como romper esse círculo vicioso? Transformando-o num círculo virtuoso.

A Irmã Zenóbia, administradora da Casa Transitória, no livro Obreiros da Vida Eterna, da série André Luiz, quando em caravana de socorro às trevas próximas à crosta terrestre, nos oferece o seguinte exemplo: ”Permanecemos aqui em tarefa consoladora e educativa, não o esqueçamos. O serviço de punição dos culpados virá de mais alto... Não temos necessidade da luta corporal, nem da defensiva destruidora e sim, da resistência que o Divino Mestre exemplificou.”

Educando a nós mesmos, respeitando incondicionalmente o outro e mantendo a certeza de que somos todos amorosamente cuidados pelo Pai Maior, ofereceremos nossa melhor contribuição para, investindo nos relacionamentos, gerarmos as energias novas de que todos necessitamos.

Claudete Saraiva

Ano Novo


Também na erraticidade, quando do mergulho na matéria, dizemos: Corpo Novo! Vida Nova!

Mas eis que, no correr dos anos, as feridas perispirituais abrem-se ao contato das dores... despertam as mágoas pretéritas. Encontra-se afetos e desafetos. Surgem as dificuldades em forma de provações... Eis que então se verifica: Vida Nova! Homem Velho...

E não mais se ouve o cântigo suave do Evangelho. A Boa Nova que sustentaria o Novo Homem. Ano Novo! Vida Velha!

Como responder ao convite amoroso de Jesus: “Vinde a mim vós que estais aflitos e sobrecarregadose eu vos aliviarei...” ?

O Ano é Novo! O Homem é velho...

Mas, por certo, novas serão as oportunidades a novas, as bençãos, que descerão sobre nós.

Feliz Ano Novo!

Feliz Homem Novo!

Ruth Azevedo

Já é Natal!

Com o passar dos meses começo a falar:
- Puxa! Como o ano está passando depressa!
E acrescento:
- Se piscarmos os olhos, ao abri-los, vamos verificar que já é Natal! E repito este refrão diversas vezes durante o ano.

Falando assim, pode até parecer que não gosto de Natal. Muito pelo contrário, gosto bastante. E acho incrível as pessoas que afirmam que não gostam das festas natalinas. Ainda me questiono: não gostam? Como assim?

É impossível não gostar das luzes coloridas e das lojas, inconvenientemente cheias, nos dias que antecedem ao dia 25 de dezembro.

Muito me encanto com as ruas, lojas e casas decoradas. Confesso que chego a dar uma volta maior só para passar em frente a uma árvore enfeitada ou embaixo das luzes que têm, para mim, um efeito mágico.

Gosto muito da energia das festinhas de amigo oculto com colegas de trabalho, vizinhos, os nossos familiares, dos abraços fraternos, das trocas de lembranças e das preces que nos fortalecem.

Porém, ainda acho, que o que tem um significado todo especial: é a grande “Caravana da Saúde”, que a Nossa Casa realiza no final do ano. Não tenho palavras para descrever a nossa emoção com os cânticos natalinos e com a alegria e o brilho que vemos naqueles que visitamos, diante do Papai Noel que faz parte da nossa equipe.

Por tudo isso eu só posso dizer que bom que já é Natal!

Célia Bôa Morte

Síndrome de Gabriela.

A vida moderna imprime no homem tantas coisas que passam e quase nunca conseguimos perceber o contexto à nossa volta. Trabalho, estudo, família são cobranças que a todo instante nos são feitas e, com freqüência, não conseguimos dar conta.

Todo esse emaranhado de necessidades (que nem sempre escolhemos acertadamente!) sempre esbarra em um ponto crucial: o quão tudo isso nos deixa ou faz os que estão à nossa volta felizes. Não raro, caímos na depreciação do outro em função daquilo que dizemos ser necessário, essencial e inadiável. Quase sempre, devido à falta de reflexão, que normalmente nos abate pela falta de “tempo,” não conseguimos aproveitar o que cada uma das questões inerentes à vida nos promove, e a conseqüência disso tudo é o sofrimento.

Este sentimento é similar a uma febre, que nos alerta dizendo que o nosso organismo não está bem. Quando sofremos, sem um sentido aparente aos nossos olhos, ou porque estamos imersos nos problemas do cotidiano, é a nossa consciência nos alertando acerca do desequilíbrio do nosso modo de vida, das escolhas egoísticas, da impaciência e tantas outras coisas que já trazemos arraigadas de outras vidas e que devemos aprender a fazer diferente.

Algumas vezes até conseguimos vislumbrar os pontos deficientes, todavia volta e meia, lá estamos nós novamente sofrendo por eles. Quando isso acontece (pelo menos comigo) o sentimento de frustração é algo que me incomoda. Pensando assim então, por que é tão difícil mudar, se sabemos que a permanência em determinado comportamento nos manterá em sofrimento? Achei uma resposta na internet muito interessante – “Porque muitos de nós temos a síndrome de Gabriela “... eu nasci assim, eu cresci assim, vou ser sempre assim...” (trecho da música Gabriela cravo e canela).

Toda mudança é difícil, porque demanda muita energia destituída de comodismo. Por isso é necessário termos a balança da vida equilibrada entre o ter e o ser, para que nos momentos em que a mudança se fizer necessária, tenhamos a serenidade para passarmos por ela produtivamente, sem adotar a síndrome de Gabriela como desculpa para o nosso comodismo, entendendo que toda mudança positiva é regida pela Lei de Progresso e de Amor.

Fabrízio Boniolo

Eu e o outro: Uma lição de convivência.


Espelho, espelho meu, diga-me:

Quem sou eu?

Responder a esta questão é o sentido da nossa vida.

No entanto, dizer quem somos, pode parecer uma coisa simples, se ficarmos apenas com respostas superficiais.


Muitas vezes passamos boa parte de nossa vida tentando encontrar uma resposta que nos agrade, aquela que vem ao encontro de nossos desejos e aspirações.


Outras vezes, passamos o tempo todo procurando responder aos apelos e desejos apresentados, como uma forma de aceitação.


Não podemos esquecer porém, que o mais importante é buscar uma resposta que nos leve a uma integração pessoal, que nos ajude a ser e expressar o que realmente somos.


A relação com o outro está presente em nossa vida desde o momento da concepção. É do próprio desejo e desejo do outro que depende o início da existência. O ser humano é fruto de uma interação física e afetiva e, dessa interação, depende a sobrevivência.


A relação com o outro se inicia a partir de uma total dependência física e emocional. Assim se processa entre o bebê a mãe. E aos poucos, vamos nos conhecendo, reconhecendo e aprendendo.


Na convivência, nos defrontamos com as mais diversas situações necessárias ao crescimento.


O espiritismo nos embasa de conhecimentos necessários para transpor os obstáculos que a vida nos oferece como oportunidades de refazimento. Alimentando em nós a esperança de que tudo pode ser diferente quando estamos direcionando nossa vida para um caminho de luz.


Norma Sueli

Em Tempo! - Nosso “Cotidiano” no Trianon


A princípio o medo assustou nossos corações: Não seria ousadia apresentarmos nossa peça no Teatro Municipal Trianon? Mas uma ousadia planejada e batalhada para auxiliar aos mais necessitados certamente é uma ousadia junto aos propósitos do Cristo! E depois de tanto investimento de toda a equipe, só restava vivenciar aquela alegria e satisfação de encerrarmos o espetáculo com um público de aproximadamente 500 pessoas. Parabéns a todos que direta ou indiretamente sonharam este sonho e o transfomaram em realidade! Ousemos com o Cristo e que “Um cotidiano chamado família” seja sempre lembrada em nossos corações!

Leo Lopes

Em Tempo! - Nas férias: Caridade e Vigilância


Verão chegando, muitas festas, viagens, praias, passeios, aventuras e diversão, afinal todos merecem! O distanciamento temporário das tarefas e do convívio na casa espírita tendem a nos deixar mais vulneráveis e desavisados, principalmente se desligamos nossos sensores de perigo, aqueles que nos sensibilizam a orar, ajudar e sermos empáticos uns com os outros. Portanto companheiros, vamos aproveitar o verão sim, lembrando-nos sempre não só do filtro solar, mas também da caridade em nossas atitudes diárias e de muita vigilância, para que, onde quer que estejamos, possamos auxiliar com nossa vibração pacífica e caridosa iluminando a todos com nosso pequeno reflexo da luz do Cristo, que certamente estará junto de nós!

Dicas de segurança: Continuidade do culto no lar onde você estiver; Alguns bons livros para lhe acompanhar; Prece diária e sintonia com a Mãe Natureza.

Leo Lopes

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Editorial - Setembro de 2009


Quando entrar setembro e a boa nova andar nos campos...


A energia que emana das flores nos envolve de setembro a setembro, sem distinção das outras estações do ano.
Setembro é um mês especial, porque foi agraciado com o início da primavera. Estação esta onde se destacam o colorido e o perfume das flores.

O ser humano nasceu para ser perfeito, como perfeito é o nosso Pai Celestial, e nesta busca incessante da sua transformação, se depara com um caminho tortuoso a ser percorrido dentro da adversidade e dos conflitos, perpassando por vicissitudes inerentes ao processo evolutivo.

Caminho que se tornará menos árido se tivermos a certeza de que não estamos sós. Nesse momento, percebemos sutilmente o contorno florido da estrada a ser percorrida, que nos conduz a um jardim especial, onde paira no ar um clima de fraternidade e de amor puramente sincero... Flores que podem ser visualizadas, tocadas e sentidas neste jardim especial que denominamos o Jardim de Pedro.

Jocilda Givanoite: uma tarefeira do bem.


Nascida em 01 de julho de 1940, Jocilda Viana Cabral, quando ainda menina, freqüentava a igreja católica. Até os 14 anos, cursava o catecismo no colégio Nossa Senhora Auxiliadora e era também estudante do Liceu de Humanidade de Campos. Em 08 de março de 1958, então com 17 anos, casou-se com José Givanoite, passando a assinar Jocilda Cabral Givanoite. Deste consórcio nasceram 03 filhos: Jane, José e Jocilene. Neste período, em virtude do pouco tempo, ela deixou de freqüentar a igreja. Sua vida começou a apresentar dificuldades com o primeiro infarto de seu marido, que a partir de então, ficou com a saúde debilitada. Seus filhos eram muito novos e ela, embora nova e com pouca experiência de vida, era corajosa e confiante. Fez então um curso de doces e salgados e logo começou a receber encomendas. Sofrendo com a doença do marido e afastada da religião, sentia-se muito fragilizada. Mas como na vida nada é por acaso, ela foi convidada pela amiga Marli, mãe de nossa tarefeira Dayse, para ir a Escola Maria de Nazareth, onde encontrou, além do apoio espiritual, grandes amizades. Evany Medina e Maria José Poppe muito a ajudaram no conhecimento da doutrina, que com muito esforço começou a estudar, passando a entender tudo aquilo que estava vivendo.

Aos 34 anos, ficou viúva e, como acreditamos que estava na sua programação, ela se firmou na bendita Escola Espírita Cristã Maria de Nazareth, que era tudo o de que precisava. Permaneceu aí por muitos anos, tornando-se uma médium de responsabilidade, que muito trabalhou em favor da doutrina. Fez também um trabalho dignificante na Escola Auta de Souza, parte da Escola Maria de Nazareth, voltado para pessoas carentes de Guarus.
Neste período, ela voltou a estudar, trabalhava no Centro de Saúde, fez o curso de auxiliar de enfermagem, que era uma das suas grandes alegrias. Por motivos que nós encarnados não temos condição de saber, Jocilda e mais algumas pessoas afastaram-se do Maria de Nazareth e ela ficou algum tempo freqüentando o Grupo Espírita Alfeu Gomes.

A convite de Zezé Aguiar, conheceu o Culto Pedro, quando ainda era numa garagem na rua Aquidaban. Em pouco tempo, o terreno onde hoje funciona a sede do grupo, foi doado e nova etapa de trabalho começou. Primeiro o cuidado com o terreno, que ela, que sempre teve muito boa vontade para as tarefas do Cristo, liderou, tendo como parceiros os jovens da casa. Limparam, retiraram o mato, conseguiram máquinas para nivelá-lo e, junto com a então presidente, Eliane Moll, começaram a construção do primeiro pavimento do atual prédio. O trabalho crescia e passaram então a realizar o Chocolate e o Jantar dos Namorados para angariar fundos para a obra. Logo Jocilda sugeriu que houvesse estudos dos livros básicos da doutrina espírita, o que foi iniciado após alguma resistência de alguns membros da casa.


Com a eleição de Renato Moretto para a presidência do grupo, ela passou a cuidar da diretoria mediúnica e então formou o grupo de jovens, além de reorganizar as reuniões mediúnicas. Sempre com muito carinho e trabalhou pela ampliação da sede, que já estava pequena para as tarefas.
Para atender à Comunidade Tira Gosto, foi criada a sopa dos sábados à tarde. Tínhamos aproximadamente 130 crianças. Oferecíamos a evangelização, corte de cabelo, unhas e, logo depois elas tomavam a sopa, que era servida com pão. Para casa, as crianças levavam saquinhos com balas, pirulitos e biscoitos. No final da tarefa, os tarefeiros se reuniam ao redor da mesa e juntos também saboreavam a maravilhosa sopa. Com as mulheres e idosas da comunidade, era realizado, durante a semana, um trabalho de assistência social. Seu sonho porém não parava por aí, ela queria criar também uma escola de ensino regular. Idealizou o projeto junto com os tarefeiros da casa, mas com uma visão muito aguçada, percebeu que não daria tempo para concretizar seu ideal, pois fora acometida por um câncer. Reuniu Renato Moretto, então presidente, Josélia, Ruth e Carmem Célia e solicitou a esta última que desse continuidade às suas atividades. Pouco tempo depois ela partiu, em 26/02/89, e Carmem Célia assumiu as tarefas com muito carinho e boa vontade. Entre as tarefas, foi criada a Escola Jocilda Givanoite, com a ajuda de Odila Mansur, que também trabalhou com muito carinho e dedicação para que a escola se mantivesse. Acreditamos que, já na espiritualidade, ela trabalhou incessantemente para que tal escola fosse criada: o grande sonho de tia Jô.

Josélia Cabral com equipe Jovens Ideais

Somos muitos e somos únicos.


Nascer é abrir-se, separar-se, constituir-se. E nessa história, somos muitos, mas somos únicos!

Cada um de nós é expressão única de uma existência. Essa existência é marcada por inúmeros encontros, que vão desde o meio familiar até o grande cosmo em que estamos inseridos. Desde que o mundo é mundo, os seres humanos se buscam. Essa busca nos lança num universo de sonhos, desejos, conquistas, descobertas, críticas, renúncias, entregas, etc.

Vivemos um momento histórico no qual os laços afetivos se rompem. Os investimentos emocionais estão pobres e fracos. A indiferença pelo outro aumenta e sustenta a exclusão.
A marginalização social se agrava com a indiferença pelos problemas humanos e esse desprezo gera a violência, que é uma manifestação coletiva.
Somos todos cúmplices, assumamos ou não essa verdade.

Há inúmeras razões que mobilizam as pessoas a buscar, individualmente, uma saída para a opressão, a miséria, a loucura e o desequilíbrio nas relações interpessoais. Encontrar a saída é um desafio permanente, em que, a cada dia, se trava uma batalha.

Hoje, vivemos um tempo de violência e contestação. Basta olharmos a TV e os jornais.
Onde está a saída?
É preciso dizer não a esta situação!

É preciso agir com responsabilidade universal. Somos ao mesmo tempo indivíduos de territórios, crenças, etnias diferentes. E é nessa diversidade que construímos as pontes que nos possibilitam a aproximação, onde o outro se vê em nós e nós nele, firmando novas alianças na construção de uma vida mais plena e voltada para os verdadeiros valores, os espirituais.

Norma Sueli G. L. Costa

Tudo que move é sagrado.


“A alma dorme na pedra, sonha no vegetal, agita-se no animal e acorda no Homem.”

Tema pouco falado no meio espírita, mas de grande importância, é a relação entre os animais e a doutrina espírita.
Possuem alma os animais? Sobrevivem à matéria? São muitos os questionamentos sobre o tema.

Ainda que inferior, os animais possuem alma semelhante a do homem e esta sobrevive à morte, geralmente reencarnando logo após o desligamento feito com o auxilio dos espíritos encarregados dessa tarefa.

O livro “Todos os animais merecem o céu” relata que a colônia Rancho, no plano espiritual , cuida dos animais e auxilia na sua evolução. Onde há vários colaboradores divididos em equipes de resgate, cirurgiões, responsáveis pelos animais selvagens, etc. Todas estas com o intuito de amparar esses nossos irmãos.

Os animais sofrem e sentem dor, diferentemente das plantas que só possuem sensações. Ainda assim existem pessoas que maltratam, abandonam e ferem esses seres que tanto têm a nos ensinar.

Em meio a muitas notícias de desrespeito a esses nossos irmãos caçulas, recebi uma história que me comoveu. Foi encontrado nas ruas um casal de cachorros em que o macho não enxergava e a fêmea, que tinha a vista saudável, cuidava dele o tempo todo, guiando-o e alimentando-o.
Quantos de nós anularíamos a nossa vida em prol de cuidar de um deficiente visual? Garanto que poucos.

Conversando com quem tem e ama um animalzinho de estimação, veremos o quanto eles nos auxiliam na nossa jornada evolutiva. Quem nunca sentiu um alívio de suas dores mais íntimas ao receber uma lambida de seu cachorro ou um aconchego de seu gatinho?
Ao mesmo tempo em que os animais nos auxiliam, devemos auxiliá-los também, porque quanto menos capazes forem os seres de defender seus direitos, maior é o nosso dever de defendê-los.
Já dizia Leonardo da Vinci: “Quando o homem conhecer o íntimo do animal, qualquer crime contra o mesmo será considerado um crime contra a humanidade”.

Devemos promover a valorização da vida animal por meio da educação humanitária, porque enquanto o homem continuar destruindo impiedosamente os animais, não haverá paz e saúde na humanidade. Aquele que semeia a morte e o sofrimento, não pode colher a alegria e o amor.

O que deve nos guiar é o amor e o respeito pelos animais e pela natureza, e a fé de que podemos contribuir para uma sociedade mais justa e pacífica.

Krishna Atma

Para além da matéria!

Considerando que a vida se propaga além do mundo material, é com enorme alegria que informamos a existência da versão virtual de nosso jornal. O Jovens Ideais agora está na internet!


Acesse www.jovensideaiscp.blogspot.com, confira o conteúdo desta e de outras edições, salve na sua lista de favoritos e divulgue esta idéia. Aproveite para deixar seu comentário, sua participação é indispensável!

Jovens Ideais: Publicando conhecimento com amor.

Equipe Jovens Ideais

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Chocolate Fraterno

Nossa casa gostaria de agradecer a todos que contribuiram para a realização do chocolate fraterno 2009, especialmente aos que prestigiaram este evento tão amorosamente planejado. A equipe de decoração caprichou, nossos jovens arrasaram servindo em alto estilo os convidados, nossas modelos brilharam novamente no desfile realizado e fechamos a noite com uma bela apresentação de nosso casal dançarino, Shana e Maurício. Mas o melhor como sempre foi mesmo o chocolate: E que gostoso esse chocolate! Parabéns a todos!

Equipe Jovens Ideais

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Editorial - Junho de 2009

Arraiá dos Sentimentos

Mês de festas, comemorações. Festas juninas e julinas. Mês dos namorados.
O colorido parece dar vida à face da terra neste período.

Vibrações de afetividade e amor parecem ter datas certas para serem sentidas ou até mesmo vividas.

Será que precisamos de datas especiais para nos expressar, para sentir?
Que tem acontecido com o homem e seus sentimentos?
Eis o momento especial para refletirmos sobre a quadrilha dos nossos sentimentos, relacionamentos, posturas de espíritos que foram criados perante uma lei de amor.

“Com a filha de João, Antônio ia se casar, mas Pedro fugiu com a noiva na hora de ir pro altar. “
Por que será que a noiva abandonou Antônio e fugiu com Pedro?
Como Antônio se sentiu?
Qual o encantamento de Pedro, que fez a noiva tomar tal decisão?

Relacionamento é sinônimo de desafios.
Conviver é viver em comum com outrem. É desafiar a vida de contrários. Será que estamos sabendo viver e sentir? Ou estamos remoendo nossos sentimentos, esperando sempre que o outro seja o príncipe encantado, o amigo perfeito, a família espiritual certinha que tanto sonhamos, o grupo acolhedor?

Vivemos uma época de exigências sentimentais. Queremos do outro o que ele ainda não pode nos oferecer. Exigimos que o outro sinta muitas vezes o que nem nós conseguimos sentir. Exigimos e exigimos, esquecidos de que o sentimento do amor não é cobrança. O sentimento do amor não pesa, vale! Vale a pena ser sentido e não ser estressado.

Ouvimos muito falar sobre as asas do amor e vivenciamos em contradição esse sentimento. Se ele tem asas, ele é liberto, ele voa, ele alça os páramos do infinito, ele não vive em uma gaiola, sendo domesticado ao nosso bel prazer, por nosso egoísmo.

Estamos à procura do amor, de alguém com quem possamos dividir nossas vidas, nossas expectativas, alguém com quem possamos dividir nossos sentimentos, alguém com quem gostamos de estar ou à procura de alguém que seja nosso escravo, nosso empregado, alguém que moldamos como queremos e aprisionamos às nossas vaidades?

Há uma historia reflexiva, que muito vem colorir este nosso momento:

Contam que um príncipe reuniu seu povo e meditativo, comunicou-lhes a decisão de partir da aldeia. Estaria em busca daquela com quem partilharia todos os anos de sua vida , disse ele. Iria percorrer outras terras, a fim de encontrar a companheira ideal, perfeita, que lhe preenchesse os vazios da alma sonhadora! Decorridos vinte anos, eis que retorna o príncipe à sua aldeia, sozinho e um tanto desolado.

- Alteza, vemos que não estás acompanhado. Onde está a princesa por quem tanto buscavas? – Indagou um dos súditos.
- Meu caro amigo, encontrei, sim, aquela que seria a esposa perfeita para mim...
- E então? – Redarguiu o servo, intrigado.
- O problema, amigo, é que ela também estava em busca do esposo perfeito...

Chegamos num ponto da reflexão que percebemos que nossos sentimentos estão adoecidos, nossos relacionamentos precisam ser medicados.

O evangelho é o maior terapeuta de nossas vidas e em sua farmácia existem vários medicamentos que podem nos ajudar a conhecer o verdadeiro sentimento do amor, base para uma boa convivência. Eis abaixo algumas indicações que podem ser usadas sem receio. Não têm efeitos colaterais.

Receituário:
Cápsulas de paciência (tomar de hora em hora)
Drágeas de aceitação (ingerir preferencialmente quando for contrariado)
Tintura do perdão (tomar assim que for ofendido)
Comprimido do diálogo (ingerir antes das discussões)
Injeção de fé (tomar nos dias de desespero)
Pomada do respeito (passar três vezes ao dia)

Que possamos fazer o Nós e não o eu neste arraiá dos sentimentos!


Alegria de Viver


Alegria, mola fundamental que impulsiona o ser humano a progredir de modo natural e sensato.

As pessoas têm uma visão deturpada e restrita da alegria, pois a confundem com sensações intensas que os bens materiais podem proporcionar à sua vida. A verdadeira alegria está associada à entrega e à certeza de que estamos nas mãos da Divindade que tudo provê para cada um de nós.

Nessa confiança integral, de que tudo obedece a um comando maior e na convicção de que a Providência Divina é amorosa e misericordiosa com cada um de nós, vamos preenchendo o nosso coração de luz.

Viver com alegria é estar plenamente sintonizado com a Divindade, através das lições que a vida nos proporciona.

No cultivo da fé em Deus e na sabedoria em viver a vida, buscando realmente ler nas entrelinhas o que ela traz de aprendizado para nós, vamos romper as barreiras, cientes de que não estamos sós, que existe “algo” inexplicável que direciona nossa vida nos preenchendo de energia suficiente para romper as etapas, sem perder o brilho de alegria que existe em nós.

A felicidade é um trabalho interior, que independe de qualquer coisa externa. Deus representa a base dessa alegria e, quando entendemos que a felicidade provém da habilidade de percebermos as intenções da ação divina que habita em nós, passamos a cultivar a certeza de que tudo o que existe no universo tem sua razão de ser. Dentro de nós existe um universo incomensurável que infelizmente fica restrito no mundo pequeno dos nossos interesses mesquinhos, que ainda falam tão alto dentro de nós.

Quando buscarmos no Criador a orientação de nossa vida, a alegria de viver será presença marcante em todas as nossas atitudes. E aí sim, não só seremos preenchidos dessa alegria vital, mas também levaremos essa energia a tantos corações necessitados a acreditar que vale a pena ser feliz!

Normita

Inversão de Valores


Li, há alguns dias, um comentário no jornal, que me fez rir. Contava o colunista, que um seu amigo havia perdido no calçadão do centro da cidade, dois carnês de pagamento e dentro de cada um, a respectiva importância para a quitação de suas prestações. Qual não foi sua surpresa, quando no dia seguinte, em sua casa (no carnê havia registrado o seu endereço), recebeu de volta os referidos carnês, devidamente pagos, acompanhados das moedinhas referentes ao troco, bem como um bilhete do benfeitor dizendo haver realizado o pagamento numa Casa Lotérica para evitar cobrança de juros, uma vez que as prestações venciam naquele dia, e ainda mais, que dispensava qualquer gratificação.


Por que será que achei engraçado um fato que deveria ser encarado como normal? Penso que é porque estamos tão acostumados com histórias de falcatruas, de espertezas, de gente querendo se dar bem, sem pensar no bem estar alheio, que um gesto honesto nos espanta.

É bem provável que esse homem da história dos carnês tenha sido chicoteado por pessoas de suas relações dizendo qualquer coisa assim: - Que ridículo você foi!

Além de devolver o dinheiro, ainda se deu ao trabalho de fazer o pagamento!!!

Uma inversão de valores: o certo torna-se errado e espantoso, enquanto que o errado passa a ser o esperado, o normal.

Existe uma sábia frase de Rui Barbosa que diz: “De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantar-se o poder nas mãos dos maus, o homem chega a rir-se da honra, desanimar-se da justiça e de ter vergonha de ser honesto .”

Nós, que já nos preocupamos com o nosso progresso moral, temos o dever de estarmos atentos a pequenas situações, para que não venhamos a cometer equívocos, que cada vez mais reforçam o paradigma de que o que importa é de se dar bem a qualquer preço.

Certamente não cometemos delitos extremos, mas pequenos deslizes ainda somos capazes de cometer e temos que ter grande preocupação quanto a isso. Somos o espelho, dando o exemplo para a formação de futuros cidadãos. Precisamos trabalhar por uma sociedade mais honesta, praticante do “amar ao próximo como a si mesmo” e onde o respeito a si próprio e aos outros esteja acima de tudo.

Gidelma Quintanilha

Disciplina Moderna


Certamente falar ou escrever sobre disciplina envolve uma série de questões íntimas que indubitavelmente irão nos cercar mais cedo ou mais tarde. Mesmo assim esse tema tem sido talvez o mais “moderno” desde sempre e ainda deverá ser por algum tempo. Quem de nós, espíritas, não se lembra de quantas vezes Emmanuel receitou a Chico Xavier disciplina, disciplina e disciplina? O fato é que talvez estejamos acostumados a viver e conviver com nossas dificuldades e acabamos por relaxar em nossa lapidação diária, em nosso amadurecimento e em nossa necessidade de transformar as dificuldades em desafios a serem superados.


Ainda acredito que pouco sabemos da tão esperada felicidade, mas se apresentarmos algumas situações de escolhas conscientes para uma vida saudável, a grande maioria de nós não teria dúvidas em apontar essa ou aquela escolha como a mais feliz. Vejamos algumas opções: Desfrutar de alguma atividade física diariamente ou dedicar demasiado tempo ao trabalho ou aos estudos; Cumprir os compromissos da agenda pontualmente ou atrasar alguns relatórios e estar atrasado para alguma reunião importante; Acordar mais cedo para se dedicar aos estudos que propiciarão a tão sonhada oportunidade de trabalho ou descansar um pouco mais, aproveitando o conforto e a segurança do lar. Enfim, inúmeras são as escolhas que fazemos diariamente e, sem perceber, muitas vezes, cedemos à acomodação e retardamos a vivência da disciplina em nossa vida. Com isto, abrimos mão de momentos felizes e, quando percebermos, poderemos estar doentes da alma.


Recentemente e repetidamente temos constatado que as palestras terminam com aproximadamente duas vezes mais ouvintes do que quando se iniciam. Nesta e noutras situações, vamos percebendo que estamos mais indisciplinados do que podemos perceber. Mas qual será o limite entre disciplina e autoritarismo? Até onde estamos sendo excessivamente compreensivos e tolerantes conosco mesmos? Até onde estamos sendo obcecados por pontualidade e regras? Precisamos identificar melhor o impacto dessas escolhas para nossa vida e para nossa felicidade. Como ficamos felizes em cumprir nossos compromissos e como é bom chegar um pouco antes do horário pra cumprimentar os amigos e reatar alguns laços que a rotina nos fez esquecer. Seja na casa espírita, no trabalho, no inglês, na academia, na escola, na faculdade ou até mesmo em casa, sempre teremos uma boa sensação por termos chegado na hora, por termos feito o melhor que podíamos. A disciplina bem aplicada no dia-a-dia nos trará o equilíbrio de nossas ações que, por sua vez, nos fará muito bem espiritualmente, pois estaremos em harmonia conosco e com as leis divinas que estão gravadas em nossa consciência.


A disciplina ainda não é tudo que precisamos, mas para chegarmos a agir espontaneamente no bem, precisamos ser educados pela mãe disciplina, que embora muitas vezes nos pareça chata e trabalhosa, irá nos treinar a respeitar o próximo e conviver melhor.


Temos literaturas atuais afirmando que o espiritismo ultrapassou a era do conhecimento, o que sem dúvidas é muito bom, mas de forma alguma nos exime de continuar sedentos de conhecimentos e disciplinados também nos estudos. Entretanto, o fator primordial para nosso avanço é a prática e a vivência de tudo que temos aprendido. O aluno que se forma recebe apenas conhecimentos básicos acerca de diversos assuntos possíveis de serem tratados um dia em sua vida profissional. Por esse motivo deve estagiar e se envolver na prática de cada um desses conhecimentos a fim de se capacitar e descobrir por si próprio o profissional que existe dentro de si. Assim somos nós com relação à doutrina espírita, muito temos aprendido, mas a hora é de agir, de perdoar, de compreender as dificuldades do próximo, de estender a mão, de visitar os que mais se encontram carentes de atenção, de abraçar, de beijar e assim estaremos descobrindo que amar é muito melhor do que ser amado e muito mais simples do que pensamos ser.


Leo Lopes

Você sabia?


Que o primeiro jantar dos namorados foi chocolate?


Eliane Moll, quando presidente, ganhou o espaço da AVERJ para realizar uma festa. Estava próximo ao dia dos namorados, ela chamou tia Jô, que na época era a dirigente de mocidade, e disse que gostaria que o evento fosse realizado pelos jovens. Tia Jô pensou logo em um chocolate, e Ruth, em fazer algo para comemorar o dia dos namorados. Como Chocolate e namorados tinha tudo a ver, por que não realizar um chocolate comemorando o dia dos namorados?


A idéia foi aceita e assim foi realizado o primeiro chocolate em homenagem ao dia dos namorados. Passado algum tempo, já com Dr. Renato na direção, foi realizado então o primeiro jantar dos namorados na AABB. Foi assim que surgiram os eventos do Grupo, jantar dos namorados e chocolate.


Rose


Jantar dos Namorados 2009 - Conceição, Rose, Grace, Ruth e
as garçonetes Lara, Aretha, Fernanda, Shana e Krishna.
Que Beleza!

terça-feira, 7 de abril de 2009

Editorial - Março de 2009

"Todo dia ela faz tudo sempre igual" É assim que começa a música de Chico Buarque.

Alguma vez você já teve a sensação de que a sua vida era uma eterna repetição? Às vezes parece que, na nossa vida, repetimos mais do que desejamos. Novamente inicia-se o ano e já começamos a prometer a nós mesmos que vamos comer menos, gastar menos. Começamos a fazer todas aquelas promessas de ano novo: vou emagrecer, vou estudar, vou fazer uma poupança, vou mudar de emprego, vou buscar mais a Deus, vou dar mais atenção à família, vou investir mais no meu relacionamento... Entra ano, sai ano e parece que a história se repete, com alguns coadjuvantes diferentes e algumas circunstâncias novas, porém com o mesmo roteiro.

"Todo dia... faz tudo sempre igual"

Como é possível quebrar este ciclo? Como é possível perseverar nos propósitos tão bem intencionados que temos de modificação? Como fazer diferente? Como mudar esta melodia repetitiva em nossas vidas?

O cotidiano nos faz cada vez mais acomodados, desanimados. A mesmice toma conta e o valor das horas se perde no tempo de nossa falta de estímulo. Em verdade, esperamos que o ano em si traga mudanças, ou que o outro se modifique, quando a conscientização interior é que provoca a real modificação nossa, onde a vontade se faz base desta renovação.” Sejamos nós a mudança que queremos ver no mundo

Que este ano possa não ser igualado a todos os outros que já vivenciamos. Que ele possa ser diferenciado. Que possamos surpreender a nós mesmos e aos outros com atos de disposição, atuantes nas oportunidades oferecidas pela justiça divina, participativos nesta nova proposta de vida chamada “Arte de recomeçar” .

Brindemos 2009 com real recomeço! Mudemos a canção!

Luz que brilha em Teu olhar, me faz acreditar na bondade em cada ser.

Ver que estamos a começar a grande luta pelo amor.

E preciso de Você para vencer, tantas coisas em mim. E Você precisa estar aqui.

Para recomeçar, para de novo ter um pouco mais de Você... Jesus!

"Cada minuto que passa é uma nova chance de recomeçar..."

RECOMECEMOS!

A Redescoberta do Espirititsmo pela Ciência!

Em boa parte do século XX pareceu que a ciência não deu muita bola para o espiritismo. O sucesso da cética psicologia freudiana, aliado a um afastamento da religião nos debates públicos, colocaram o espiritismo em segundo plano nos debates científicos. Sua esfera de ação ficou muito restrita à da religião propriamente dita. No entanto, parece que estes ventos têm mudado no século XXI. Mesmo longe de ter o papel de destaque imaginado por Kardec, o espiritismo vem se tornando objeto de pesquisa das mais diversas ciências, desde as tradicionalmente interessadas no espiritismo, como a psiquiatria e a psicologia, como também outras ciências humanas e mesmo a física.

Na psicologia, as novas perspectivas alternativas margeiam em muito várias temáticas espíritas, com destaque para a psicologia transpessoal e as técnicas de tratamento através de regressão de vidas passadas. Isso se deve em grande parte, ao sucesso de alguns teóricos da psicologia, os quais não têm uma imagem exageradamente negativa em relação à religião, como é o caso do austríaco Carl Gustav Jung. E por outro lado, o sucesso do psiquiatra americano Brian Weiss.

Já na psiquiatria, existem hoje institutos de pesquisa em importantes universidades do país devotados a entender a mediunidade, como o já famoso no espiritismo Dr, Sergio Filipe da USP, que estuda a glândula pineal e mediunidade, e o Dr. Alexander Moreira da Universidade Federal de Juiz de Fora, que estuda as relações entre a saúde psíquica e a mediunidade.

Nas ciências humanas no Brasil, pouco se estudava sobre o espiritismo. De importante mesmo, só um livro do Procópio Camargo, famoso professor da USP, que escreveu sobre religiões mediúnicas, englobando assim o espiritismo e as demais religiões afro-brasileiras. Mas no século XXI têm se aberto várias novas frentes de estudo do espiritismo nas ciências sociais, tendo a pesquisadora Dra. Sandra Jaqueline Stoll um papel importante, com proveitosas análises sobre o movimento espírita.

Sem dúvida, o século XXI não representa apenas uma virada na contagem do tempo, mas também na maneira com nós interpretamos o mundo, abrindo assim novas portas de conhecimento, em que parece que as temáticas religiosas voltam a ter algum destaque.

Brand Arenari

Tratamento Espiritual

Nossa Casa tem recebido nos últimos tempos, muitas pessoas solicitando o Tratamento Espiritual. A lista de pedidos é grande. Entretanto, na maioria das vezes, o desconhecimento tem levado os pacientes a terem uma visão equivocada deste recurso.

De modo geral, quando recorrem às Casas Espíritas, trazem o pensamento preconcebido de que todos os seus problemas serão ali resolvidos, como por encanto. Julgam que, pelo fato de buscarem auxílio espiritual, se verão imediatamente livres de todos os males. Passando de imediato toda a responsabilidade de seu tratamento para os espíritos e para os espíritas. Fazem como quem traz um grande e pesado fardo, que alijam de seus próprios ombros, na tentativa de entregá-lo totalmente aos mentores e médiuns.

E, aos primeiros sinais de que seus problemas não estão sendo resolvidos com a presteza que imaginavam, desiludem-se e vão buscar ajuda em outra parte, acusando a Casa e os espíritos de “fracos”.

Por isso procuramos em nossa casa, estar sempre informando aos que chegam, o quanto a sua participação é fundamental, residindo nisso quase toda a possibilidade de êxito.

É preciso termos consciência de que os espíritos não realizam milagres e que a doença, na maioria das vezes, é resultado de uma vida mal direcionada, de ações e pensamentos empregados invigilantemente.

No livro Plenitude, Joanna de Angelis nos orienta dizendo que a doença é resultado do desequilíbrio energético do corpo em razão da fragilidade emocional do espírito. Os vírus, as bactérias e os demais micro-organismos devastadores não são responsáveis pela doença, porquanto eles se nutrem das células quando se instalam nas áreas em que a energia se debilita. E que a conduta moral e mental dos homens, quando cultivam as emoções de irritabilidade, do ódio, do ciúme, do rancor, etc..., impregna o organismo, o sistema nervoso, com vibrações deletérias que bloqueiam áreas por onde espraia a energia saudável, abrindo campo para a instalação das enfermidades, graças à proliferação dos agentes viróticos degenerativos que ali se instalam.

Concluímos assim que, se não mudarmos nossa postura diante dos problemas que enfrentamos, não haverá tratamento que resolva.

O paciente precisa entender que é importante a mudança íntima. Por isso é sempre recomendado que participem de grupos de estudos, das palestras públicas, de uma tarefa, pois a mente deve ser estar ocupada com leituras edificantes e as mãos, com o trabalho no bem. E que o perdão, a indulgência e a caridade que Jesus tanto nos recomendou são as nossas principais profilaxias.

Um antigo ditado greco-latino já nos dizia: “mente sã, corpo são”. Isso exprime uma verdade, portanto a transformação moral nos trará o equilíbrio físico e mental.

Importante entendermos que o Tratamento Espiritual é muito sério, e não podemos recorrer a ele por qualquer motivo, pois há dificuldades que podemos resolver freqüentando regularmente os estudos, as palestras e o passe após a reunião pública. Por isso é importante estarmos sempre nos questionando: será que este problema é um caso para o tratamento espiritual? Será que posso resolvê-lo com preces e estudo? O que realmente espero receber com este tratamento? São perguntas simples, mas que precisam ser refletidas, pois muitas vezes queremos fazer dos Mentores Espirituais nossos “gurus”. Recorremos a Eles esperando que falem dos nossos problemas e nos digam o que devemos fazer. Os Espíritos são muito ocupados para se submeterem aos nossos caprichos. Eles nos orientam sim, mas deixam a escolha em nossas mãos, pois onde estaria o mérito do acerto se nos dissessem o que fazer?

Um fator importantíssimo é entendermos que há problemas que apesar de todo cuidado e atenção não poderão ser eliminados de nossas vidas. São as doenças que nos chegam, para as quais não haverá a cura tão desejada. O tratamento neste caso, nos trará fortalecimento e entendimento espiritual para enfrentarmos a problemática. A doença funciona como nossa carta de alforria de um comprometimento perante a lei divina, que está sendo expurgado através da dor.

Portanto nosso papel perante os companheiros que estão no Tratamento Espiritual é esclarecê-los, informá-los para poderem aproveitar corretamente esta benção que Deus permite que seja realizada em nossa Casa em benefício de uma multidão de seres encarnados e desencarnados. E nós, que fazemos parte desta Casa, precisamos ajudá-la, vibrando por ela e por seu corpo de tarefeiros, para que estejam sempre sendo orientados pelo Cristo Jesus.

Conceição Azevedo

Maternidade é Luz


A maternidade é um privilégio para a mulher. É uma importante oportunidade reparadora para o processo da nossa evolução terrena.


A maternidade é também fonte de exigência e de sofrimento, ocasião de queda e de fraqueza, desafio de coragem e generosidade. É desafio contínuo ao sacrifício e renúncia, e por isso, ela é para nós, caminho de amor. A missão de ser mãe é cenário de grandeza e oportunidade de burilamento espiritual.

No exercício da maternidade podemos dizer que a mulher se “purifica” mesmo que nunca tenha gerado um filho. Toda mulher tem um pouco de mãe. Primeiro com a boneca, mais tarde com os irmãos. Casada, algumas vezes é mãe do marido. Sem filhos, será mãe adotiva e partilhará com alguém os benefícios do seu amor: aos sobrinhos, aos alunos e aos filhos alheios. Não basta somente um dia para homenagear as mães, porque o seu amor e carinho são sempre intermináveis.

Ser mãe é uma história sem começo e sem fim, porque nossas mães já sonhavam conosco muito antes da nossa existência, nos amavam antes de ver a nossa face e até nomes já escolhiam. Sempre generosas são lembradas por seus ensinamentos e sua imensa sabedoria.

Aprendi que ser mãe é viver sem esperar. É reconhecer o mundo através do amor profundo. É descobrir que a cada dia a vida recomeça. É enxergar muito mais com o coração. É ter facilidade em perdoar e não guardar ressentimentos.

Ser mãe é não ter cansaço, é plantar, adubar e colher os frutos semeados. Ser mãe é falar com sabedoria, é calar quando necessário, é escutar e buscar entender.

Ser mãe transcende a capacidade de gerar biologicamente um ser, pois é capacidade de gerar filhos na fé e no espírito. . . Encher de sentido nossa vida. É a razão de entender o quanto somos fortes. Mãe é o colo perfeito, onde as lágrimas de dor se transformam em consolo, para depois com o tempo, transformarem-se em aprendizado.

Busquemos na oportunidade de ser mãe, concretizar o milagre da vida e desenvolver mais a centelha do Amor Divino na construção de um mundo melhor.

Norma Sueli G. L. Costa