
Nascida em 01 de julho de 1940, Jocilda Viana Cabral, quando ainda menina, freqüentava a igreja católica. Até os 14 anos, cursava o catecismo no colégio Nossa Senhora Auxiliadora e era também estudante do Liceu de Humanidade de Campos. Em 08 de março de 1958, então com 17 anos, casou-se com José Givanoite, passando a assinar Jocilda Cabral Givanoite. Deste consórcio nasceram 03 filhos: Jane, José e Jocilene. Neste período, em virtude do pouco tempo, ela deixou de freqüentar a igreja. Sua vida começou a apresentar dificuldades com o primeiro infarto de seu marido, que a partir de então, ficou com a saúde debilitada. Seus filhos eram muito novos e ela, embora nova e com pouca experiência de vida, era corajosa e confiante. Fez então um curso de doces e salgados e logo começou a receber encomendas. Sofrendo com a doença do marido e afastada da religião, sentia-se muito fragilizada. Mas como na vida nada é por acaso, ela foi convidada pela amiga Marli, mãe de nossa tarefeira Dayse, para ir a Escola Maria de Nazareth, onde encontrou, além do apoio espiritual, grandes amizades. Evany Medina e Maria José Poppe muito a ajudaram no conhecimento da doutrina, que com muito esforço começou a estudar, passando a entender tudo aquilo que estava vivendo.
Aos 34 anos, ficou viúva e, como acreditamos que estava na sua programação, ela se firmou na bendita Escola Espírita Cristã Maria de Nazareth, que era tudo o de que precisava. Permaneceu aí por muitos anos, tornando-se uma médium de responsabilidade, que muito trabalhou em favor da doutrina. Fez também um trabalho dignificante na Escola Auta de Souza, parte da Escola Maria de Nazareth, voltado para pessoas carentes de Guarus. Neste período, ela voltou a estudar, trabalhava no Centro de Saúde, fez o curso de auxiliar de enfermagem, que era uma das suas grandes alegrias. Por motivos que nós encarnados não temos condição de saber, Jocilda e mais algumas pessoas afastaram-se do Maria de Nazareth e ela ficou algum tempo freqüentando o Grupo Espírita Alfeu Gomes.
A convite de Zezé Aguiar, conheceu o Culto Pedro, quando ainda era numa garagem na rua Aquidaban. Em pouco tempo, o terreno onde hoje funciona a sede do grupo, foi doado e nova etapa de trabalho começou. Primeiro o cuidado com o terreno, que ela, que sempre teve muito boa vontade para as tarefas do Cristo, liderou, tendo como parceiros os jovens da casa. Limparam, retiraram o mato, conseguiram máquinas para nivelá-lo e, junto com a então presidente, Eliane Moll, começaram a construção do primeiro pavimento do atual prédio. O trabalho crescia e passaram então a realizar o Chocolate e o Jantar dos Namorados para angariar fundos para a obra. Logo Jocilda sugeriu que houvesse estudos dos livros básicos da doutrina espírita, o que foi iniciado após alguma resistência de alguns membros da casa.
Com a eleição de Renato Moretto para a presidência do grupo, ela passou a cuidar da diretoria mediúnica e então formou o grupo de jovens, além de reorganizar as reuniões mediúnicas. Sempre com muito carinho e trabalhou pela ampliação da sede, que já estava pequena para as tarefas. Para atender à Comunidade Tira Gosto, foi criada a sopa dos sábados à tarde. Tínhamos aproximadamente 130 crianças. Oferecíamos a evangelização, corte de cabelo, unhas e, logo depois elas tomavam a sopa, que era servida com pão. Para casa, as crianças levavam saquinhos com balas, pirulitos e biscoitos. No final da tarefa, os tarefeiros se reuniam ao redor da mesa e juntos também saboreavam a maravilhosa sopa. Com as mulheres e idosas da comunidade, era realizado, durante a semana, um trabalho de assistência social. Seu sonho porém não parava por aí, ela queria criar também uma escola de ensino regular. Idealizou o projeto junto com os tarefeiros da casa, mas com uma visão muito aguçada, percebeu que não daria tempo para concretizar seu ideal, pois fora acometida por um câncer. Reuniu Renato Moretto, então presidente, Josélia, Ruth e Carmem Célia e solicitou a esta última que desse continuidade às suas atividades. Pouco tempo depois ela partiu, em 26/02/89, e Carmem Célia assumiu as tarefas com muito carinho e boa vontade. Entre as tarefas, foi criada a Escola Jocilda Givanoite, com a ajuda de Odila Mansur, que também trabalhou com muito carinho e dedicação para que a escola se mantivesse. Acreditamos que, já na espiritualidade, ela trabalhou incessantemente para que tal escola fosse criada: o grande sonho de tia Jô.
Josélia Cabral com equipe Jovens Ideais
Muito legal saber mais sobre esta companheira que tanto colaborou para o crescimento e aperfeiçoamento de nossa casa querida! Parabéns pela matéria!
ResponderExcluirAmei a história de Tia Jô...quero buscar seguir seus passos, pois com certeza foi e continua sendo uma grande tarefeira do Cristo...Abraçossss
ResponderExcluirOi Companheiros de Jovens ideais.
ResponderExcluirMuito bom poder relembrar com vocês, a trajetória da querida mãe, que sempre teve por certo ainda tem, uma fé muito operante, não parava de pensar em atividades para serem feitas em prol da casa espírita, sempre priorizava a disciplina e o estudo como os caminhos para a nossa libertação espiritual.Com seu sorriso amigo sempre sabia falar a palavra certa nos momentos que mais precisávamos, e envolvia assim ,todos nas tarefas do Cristo.
Abraços a todos.
Obrigado pela lembrança.
Jane Cabral Givanoite.