sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Editorial - Dezembro de 2011


Outra vez o ano termina para tornar a nascer.

Andando pelas ruas das cidades nos dias antes do Natal, temos a impressão de que o nascimento de Jesus é um dia e o natal do Papai Noel é outro. Ficamos com a impressão de que Natal nada ou muito pouco tem a ver com Jesus, O Cristo, e com Sua relação conosco e com nossa relação com Ele. As ruas recebem decorações com enfeites, brilhos e luzes que piscam. As vitrines e as casas recebem atenção especial dos decoradores, por sinal já bem antes do primeiro domingo de advento. Papais-Noéis artificiais ou ao vivo aparecem nos locais mais inesperados. Carros de som passam pelas ruas mais afastadas dos bairros, agredindo o aparelho auditivo da população. Caixas de som invadem as calçadas tocando "Jingle Bells" ou outras tantas melodias.

Tudo isto anunciando o quê? O Nascimento do Cristo? Que nós, de novo, somos chamados a acolhê-Lo como "o Seu presépio" e a fazer de nosso lar e de nossa cidade uma "Belém"?

Não! Os anúncios não anunciam o Natal de Jesus Cristo! Parece que Natal tem tudo ou quase tudo a ver com Papai Noel, com compras e vendas, com comidas e bebidas, com presentes, jóias, roupas, automóvel novo, jogos eletrônicos para "destruir inimigos" e armas de brinquedo.

“Bate o sino pequenino, sino de Belém. Já nasceu Deus menino para o nosso bem...”

É companheiro leitor, "O Aniversariante" parece ter perdido o seu lugar no centro de tantas comemorações.

Em princípio, nada contra festas, ceias suculentas de Natal, presentes ou comércio. Está claro que também com essas coisas se criam muitas oportunidades de trabalho, gera-se renda para as famílias, etc. Mas o problemático é o desvirtuamento de um evento tão importante para a fé cristã.

O momento é de reflexão para que a ação se faça em nós e que nestas oportunidades de Natal possamos tirar de uma vez o Cristo do presépio da acomodação, fazê-Lo vivo em nossos corações, na nossa vida, que permanece ainda tão vazia pelo movimentar do mundo.

“Jesus, tanto tempo já se passou e ainda estamos aqui, a repetir velhas lições. Em nosso olhar, a mesma dor.”

Abramos as portas de nossas vidas, para que Ele passe a "conosco viver", a ser parte de nossas vidas, neste Natal e sempre. Neste sentido, nós do G.E.Culto Pedro desejamos a você e aos seus, um feliz Natal e um abençoado e diferenciado Ano Novo.



Deus cuida de mim


Desde que nascemos, embora ainda totalmente indefesos e inconscientes, recebemos de nossos pais, todo o cuidado necessário à nossa sobrevivência, e isto é resultado de muito amor e dedicação. Então crescemos, somos estimulados a aprender, a estudar a nos relacionar com o outro e a sermos gratos pela vida que temos. Isto é verdade para a maioria de nós que temos lares, pais, amigos... Mas e para aqueles que já nascem abandonados? E para aqueles que não têm do que se alimentar, onde se abrigar nem a alguém para lhe cuidar?

Deus cuida! Cuida de todos nós!

Como espíritas conhecemos a lei de causa e efeito, a terra de provas e expiações, a máxima “Fora da caridade não há salvação” e principalmente a existência e presença constante de Deus em nossas vidas, com Seus atributos divinos, que nos trazem a certeza de que tudo o que passamos é sempre para nosso bem, evolução espiritual e crescimento moral.
Assim amigos, reforçando os conhecimentos espíritas e cristãos que trazemos, propomos que pensemos e lembremos mais vezes de que:

Deus cuida de mim quando um amigo liga ou escreve fazendo um convite, ou simplesmente para encontrar e conversar;

Deus cuida de mim quando me vê num conflito que requer decisão importante, intuindo-me à oração, conversa ou leitura antes de decidir;

Deus cuida de mim quando oferece oportunidades de crescimento, trabalho, ajuda ao próximo, estudo e aprendizado na vida;

Deus cuida de mim quando permite que a dor e o sofrimento visitem carinhosamente meu coração me fazendo sentir novamente como criança indefesa e frágil, necessitando do cuidado dos outros, das reflexões tão necessárias e principalmente das mudanças de comportamento que trarão novamente o chão e paz na consciência;

Deus cuida de mim quando na vida, fico desmotivado, triste e até depressivo, pensando que não há lugar bom e momento satisfatório, mostrando-me quantos outros sofrem mais e adorariam estar num lugar como o meu;

Deus cuida de mim quando envia um bichinho, uma borboleta, a percepção de uma paisagem, do céu estrelado e da natureza exuberante que nos envolve, dando-me certeza de que nunca estou só;

Enfim, como somos cuidados e como às vezes não percebemos. Obrigado, Senhor!

Que nosso olhar seja sempre de gratidão e reconhecimento da bondade e sabedoria de Deus em nossas vidas, pois será dessa forma que firmaremos nossa relação com Ele e ampliaremos a fé e força na vida, porque por muitas vezes, ainda limitados pelo olhar inferior da matéria, não percebemos que tudo o que ocorre é para nosso bem, inclusive o sofrimento e a dor. Busquemos enxergar por este prisma e aceitar resignadamente as ondas da vida, pois assim a paz e a alegria voltarão em breve a nos visitar e de uma forma mais verdadeira e presente, mas sempre lembrando que, em todos os momentos, precisamos estar atentos e fazendo o movimento para a vida e para o amor.

E o motivo disso tudo: É que Deus nos ama incondicionalmente e nos criou para amarmos uns aos outros como Jesus nos amou e sempre amará.

Leo Lopes

Pequeno relato do trabalho com as nossas companheiras inscritas


Em 1984, conheci o trabalho com as mulheres no Culto Pedro. Na então Rua Ouvídio Manhães, era ministrada, a um número de mulheres, uma palestra com base no Evangelho e distribuição de alimentos.
Em 1986 , já na Avenida Alberto Lamego, além de um espaço maior, tínhamos atendimento médico e doação de remédios. Passamos a ter também recursos de gêneros alimentícios através de cadastro das famílias representadas pelas mães que aqui eram inscritas. Distribuíamos mensalmente cotas de alimentos de acordo com o número de filhos menores. As crianças também eram inscritas no trabalho de evangelização da infância e adolescentes.

Surgiu também o convênio do ticket do leite, que era distribuído às famílias. Nesta época, era difícil recebê-las na Casa, pois eram bastante deseducadas e agressivas umas com as outras. Precisávamos de retaguarda para atendê-las. Éramos responsáveis pela distribuição dos alimentos e dos tickets do leite, e elas precisavam assinar um documento da entrega e ficávamos incomodadas, pois a maioria precisava “assinar” com o polegar por não saberem escrever. Então falei com a Tia Jô como gostaria de vê-las escrever e ela me confessou que era o seu sonho também alfabetizá-las.

Quando Dr. Renato Moretto assumiu a presidência da Casa, o trabalho foi entregue a Carmem Célia Moretto, que inovou. Além do estudo do evangelho e distribuição de alimentos, as inscritas passaram a ter palestras sobre saúde e cuidados. Ela criou os grupos de oficinas, onde as mulheres aprendiam pintura em tecidos, costura, bordado, crochê e tricô. Tínhamos então companheiras como Luzia (bordado/marca), Laura (pintura), Rosalina (tricô) e Helena (costura). Carmem Célia também criou um grupo de produção de toalhas de prato, que eram vendidas e o dinheiro era divido entre elas. Mais tarde, após o desencarne de Jocilda, Carmem Célia assumiu a Diretoria Doutrinária e Eliete assumiu o trabalho com as mulheres.

Em 1992, Odila Mansur realizou o sonho da Tia Jô, criando o trabalho de alfabetização, no qual elas aprendiam a ler e melhorar seus conhecimentos com base no evangelho. Este trabalho permanece até hoje.
Neste meio tempo, também já foram criados outros tipos de trabalho, como aulas de culinária.

Atualmente, além de participarem dos seminários de nossa Casa, vemos se desenvolver nelas, uma maior socialização, através do trabalho de Vera e Tininha. Numa festa linda (Festa da Primavera), elas protagonizaram o trabalho, emocionando os corações, na matéria e fora dela. Fazendo-nos ver o que o evangelho nos aponta: que não há diferença entre elas e os outros frequentadores da Instituição. A diferença é a oportunidade, e isto, vemos em ciclos que se fecham, através do trabalho de cada época, realizado por pessoas diferentes, se completando para atender a um projeto espiritual de um grupo de pessoas encarnadas e desencarnadas, que se comprometeram a trabalhar, em nome do Cristo Jesus, uns pelos outros.

Parabéns a todos que fazem parte desse projeto! Os que aqui ainda estão e aqueles que já se foram.

Ruth Azevedo

EM TEMPO - Morri... e agora?! O retorno / "Dia de luz, festa de sol..."


Morri... e agora?! O retorno.

Ótimos foram os dias em que a arte envolveu os corações de todos aqueles que participaram da última peça teatral apresentada pela Casa de Caridade Maria Franc no Teatro de Bolso em Campos!

Numa sequência de esquetes que tratam de diversos aspectos envolvendo a valorização da VIDA, esta peça propõe várias reflexões sobre nossa oportunidade aqui neste planeta e convida-nos ao aproveitamento do tempo e das relações afetivas que ora nos são ofertadas para evoluirmos moral e espiritualmente.

E que a mensagem continue presente em nossos corações, porque a vida continua sempre e... Existe algo a mais!

Leo Lopes


“Dia de luz, festa de sol...”

Essa era a expectativa para nosso domingo de confraternização na Casa de Edma e Beto em Santa Clara. Contrariando a meteorologia, todos vibrávamos na direção da luz e do sol. E como mariposas, que voam em direção à luz, nos dirigimos para nosso ponto de encontro na casa destes queridos amigos a fim de estarmos juntos, reaproximarmos corações e nos alimentarmos de momentos descontraídos, deixando fluir muita, muita alegria!

O sol quase não apareceu, mas a LUZ, esta sim pode ser sentida e percebida por todos nós!!

“Quanta luz descendo sobre nós! Quanta luz! Quanta luz!”

Regina Machado

Editorial - Setembro de 2011


"Todo jardim começa com uma história de amor, antes que qualquer árvore seja plantada ou um lago construído é preciso que eles tenham nascido dentro da alma." Rubem Alves

Este editorial será diferente daqueles que costumamos fazer. Não será dedicado ao aniversário de Nossa Casa, mas escrito para os tarefeiros amigos desta casa querida.

A você companheiro, que junto à direção desta casa vem sendo a causa importante do aprendizado da fraternidade e do amor.

14 de setembro de 2011, dia do aniversário do Grupo Espírita Culto Pedro, nossa Casa: O celular toca às sete da manhã. Primeiro o susto, uma mensagem, quem será a esta hora da manhã? Após lida, as lágrimas descem de nossa face, uma mensagem nos faz bater forte o coração: “Parabéns pelo nosso dia! Agradeço a Deus a oportunidade desta casa! É com muito carinho que estou aqui participando desta Nossa Família Culto Pedro.” Após instantes outra, mais outra, e muitas outras durante todo o dia. A sintonia se fez através da tecnologia para atingir nossa espiritualidade. O carinho, o amor, a atenção de cada companheiro, que se lembrou e sentiu-se envolvido neste ciclo espiritual, foi o maior presente de aniversário já dado à Nossa Casa Culto Pedro.

Então a reflexão se fez: Não somos apenas frequentadores de uma casa espírita. Somos uma grande família espiritual, que apesar de viver seus conflitos reencarnatórios, consegue se amar e que, por misericórdia divina, fomos colocados juntos para evoluir. O encontro, a amizade... e à medida que vamos crescendo neste sentimento de companheirismo, podemos nos ver cercados de amigos, de pessoas que têm por nós um carinho genuíno, que nos propiciam a segurança que vem da certeza de sermos amados e tratados com dignidade e respeito. Esses amigos que ontem chegaram aqui, hoje se transformaram na nossa verdadeira família, uma família espiritual.

Obrigada a todos os companheiros e irmãos desta casa!
Obrigada, amigos espirituais, por um dia acreditarem em nós e por mais uma primavera juntos!

“As flores continuam belas e os jardins cada vez mais floridos...” (Pedro Tavares –Espírito Amigo)

O livro dos médiuns: 150 anos de sua publicação


O Livro dos Médiuns é a segunda obra da Codificação Espírita constituindo o complemento do Livro dos Espíritos com seu caráter filosófico e científico. Mais tarde Kardec vai considerá-la no rol das obras fundamentais do Espiritismo.

O Livro dos Médiuns foi lançado em 15 de janeiro de 1861, a princípio Kardec intitulou a obra como O Livro dos Médiuns ou Guia dos Médiuns e dos Evocadores. A palavra “guia”, por sugerir ser aquele livro um manual de práticas mediúnicas, mereceu a seguinte nota de Kardec, na introdução: “Enganar-se-ia igualmente quem supusesse encontrar nesta obra uma receita universal e infalível para formar médiuns. Se bem cada um traga em si o gérmen das qualidades necessárias para se tornar médium, tais qualidades existem em graus muito diferentes e o seu desenvolvimento depende de causas que a ninguém é dado conseguir se verifiquem à vontade”. E adverte “Seu objetivo consiste em indicar os meios de desenvolvimento da faculdade mediúnica, tanto quanto o permitam as disposições de cada um, e, sobretudo, dirigir-lhe o emprego de modo útil, quando ela exista.”

Imaginemos a emoção, em 1861, de médiuns e dirigentes de grupos espíritas sérios ao encontrarem na produção kardequiana orientação segura para o desenvolvimento e direcionamento feliz da mediunidade. Permite uma compreensão mais profunda do mundo invisível contando com a colaboração interexistencial entre o mestre lionês e os espíritos superiores, por sua vez, comandados pelo Espírito de Verdade. Kardec sempre se manteve fiel e coerente aos ensinos transmitidos pelos espíritos orientadores da humanidade.

É uma obra destinada a todos os espíritas e estudiosos dos fenômenos produzidos pelos desencarnados, e não apenas para os trabalhadores da mediunidade, trazendo muitas explicações essenciais para a prática espírita com equilíbrio e responsabilidade. Não foi apenas mais uma obra, e sim um guia seguro para lidar com a mediunidade, pois traça diretrizes para a correta prática mediúnica. Ela é indispensável no campo de estudos e meditações em torno da mediunidade para que o seu exercício se torne serviço de ajuda ao semelhante, seja pela constatação da imortalidade da alma ou pela identificação de nossa natureza espiritual.

Neste ano que comemoramos o sesquicentenário de O Livro dos Médiuns devemos estudar com profunda gratidão e seriedade, esta obra pioneira no campo da mediunidade com Jesus e Kardec.

Queremos deixar uma música que fala fundo aos nossos corações neste tempo de festas.

Kardec, amigo luz – Marielza Tiscate

Em meio à escuridão
Você veio e iluminou, clareou a nossa estrada
Imortalizou os homens e eternizou a vida
E agora a nossa voz vai aos céus
E em prece lhe agradece: Obrigado, amigo luz!
Kardec, amigo luz...

Eliete Rosário

Ser feliz hoje


“Por que deixar para amanhã o que podemos fazer hoje?”

Quando recebi do amigo Leonardo este carinhoso convite de escrever para o jornal e ainda com sugestões de temas, este, “Ser feliz hoje”, foi o que mais me chamou a atenção e me fez pensar: Por que não escrever agora uma matéria ao invés de deixar para amanhã?

Ser feliz hoje está muito ligado ao nosso estado de espírito e vibração. Quando nos permitimos entregar o dia nas mãos de Deus, tudo flui de uma maneira tão suave e intensa que esbanjamos felicidade para todos aqueles que conosco estão caminhando.

Ser feliz hoje nos faz perceber que temos que estar ligados no presente. O passado faz parte de nosso grande arquivo, que está bem guardadinho em nosso “baú memorial”, onde temos as nossas experiências e aprendizados que servem de bagagem para nosso crescimento espiritual. O futuro podemos planejar, sonhar, imaginar, mas nunca viver, pois se ficarmos presos somente nele, podemos não vivenciar todas as emoções e sensações do nosso momento PRESENTE.

Ser feliz hoje também nos coloca na posição de verdadeiros espíritas, que desejam a busca incessante pelo melhor.
Vamos amigos! Buscar ser felizes hoje, porque o ontem já se foi, e o amanhã, pertence a Deus!!!

Aretha Chagas

Dia da criança


Queridos companheiros, aproxima-se o grande dia doze de outubro, que na Terra se comemora o dia da criança.

Vamos, queridos irmãos, deixar brotar do nosso peito a criança que cada um traz dentro de si. A criança na pureza, a criança na alegria, a criança na transparência dos sentimentos mais puros.

É isso companheiros que precisamos cultivar no nosso coração. Essa energia da pureza, alegria verdadeira, pois muitos de vós já abafaram, nos momentos de dificuldade, essa criança cheia de esplendor e alegria, quando isso poderia facilitar e preencher os vossos corações dessa essência de amor, paz e alegrias puras e verdadeiras.

Vamos aproveitar essa data e a comemoração que essa casa vai realizar, e programar um momento bem alegre, onde cada um possa estar deixando a sua criança se expressar.

Vamos deixar essa alegria infantil explodir em nosso peito, trabalhando com ela, todas as nossas dificuldades e angústias e veremos o grande bem que cada um sentirá no peito e fazer desse bem uma corrente de amor e luz para tantos corações que desse lado choram a dificuldade e o remorso de não terem em tempo trabalhado também o seu lado criança quando da terra faziam parte.
Vamos aproveitar a oportunidade do corpo de carne e deixar que brilhe a alegria dessa criança que todos têm em seu coração e que muitas vezes escondem, abafam e têm vergonha de mostrar.

Muita Paz e muita luz a todos os corações dessa Casa de Amor!

Data: 05/10/2010

Médium: Norma

O sentido de viver


Nesta vida passageira e transitória,
nem sempre se pode ver,
que as coisas e situações que ocorrem
não são talvez como pareçam ser...

Se os desafios assombram e assustam
preciso é ter olhos de ver,
pois tudo que é ofertado
é oportunidade para crescer.

Se o sol sempre traz luz e calor
é porque a vida convida a cada dia ser
melhor do que ontem se foi
e o melhor que se pode ser.

Singela fala ou texto toca o coração?
Então já é hora e preciso crer,
que tudo que te chega agora
é por Ele designado
e sempre chance da hora
para então no bem proceder.

Viver pois o presente sim
e acreditando em cada ser,
porque é preciso lutar e sentir
pra se aprender a amar e viver.

Obediência e resignação, paciência e caridade!
Guardando o coração sem estas benditas verdades,
ainda distantes do propósito de regeneração
e perdidamente iludidos com as vaidades...

Agradecer: Sempre é tempo!
Por tudo, por todos e também por nada em especial!
Pois a gratidão transforma a todo momento
o ser humano num ser pleno e espiritual.

Leo Lopes

EM TEMPO - “Que fazeis de Especial?”


Tempo de festas e comemorações em nossa casa querida! Um novo ano espiritual para nossas vivências. Em meio a tantos planos, tarefas, desafios e ornamentações, como está o teu coração? O que te movimenta nesta festa bendita de primavera nos céus? O que estais a preparar para com todos compartilhar?

Lembremos-nos que cada dia é oportunidade única de reencontro, de pedir perdão, de aceitar nossos próprios erros de ontem e nos fixar agora no acerto de hoje. Temos vários motivos para sermos felizes hoje, então aproveitemos bem nosso tempo!

Temos o Culto Pedro como lar espiritual a nos envolver, consolar e convidar para o grande festim de Setembro. Vamos estar juntos então?

Cada um é especial a seu jeito e todos são necessários para que nosso grande Grupo de Amor floresça como bela flor, contemplando o sol e o infinito e se abrindo mais e mais a cada amanhecer, para nos oferecer tão somente e sempre mais a razão plena de nosso viver.

Leo Lopes

domingo, 4 de setembro de 2011

Editorial - Junho de 2011


Declarar o amor

Junho mês dos namorados, enamorados da vida, enamorados da fé, da caridade, da fraternidade do amor ao próximo.

Demonstrar o amor é uma forma de deixar a vida transbordar de dentro do próprio coração.

Muitas vezes as pessoas estabelecem datas especiais para manifestar o seu amor pelo outro: é o dia do aniversário, o natal, o aniversário de casamento, o dia dos namorados.

Para muitas pessoas, expressar amor é como usar uma taça de cristal: é bonito, sofisticado, mas somente em ocasiões especiais.

Muitas pessoas não dizem nunca o que sentem ao outro. Acreditam que o outro sabe que é amado e pronto. Não é preciso dizer.

É importante saber dizer: Amo você! O gesto carinhoso, a palavra gentil, autêntica, a demonstração afetiva num abraço, num delicado carinho, funcionam como estímulos para o estreitamento dos laços indestrutíveis do amor.

É urgente que, no relacionamento humano, se quebre a cortina do silêncio entre as criaturas e se fale dos sentimentos, sem vergonha e sem medo.

A pessoa, cuja presença é uma declaração de amor, consegue criar um ambiente especial para si e para os que privam da sua convivência.

Quem diz ao outro: Eu amo você, expressa a sua própria capacidade de amar, e reafirma ao outro o amor.

Em homenagem ao Dia dos Namorados, desejo, a todos os enamorados, a coragem! Para que possamos quebrar esse silêncio e expressar às pessoas amadas o quanto elas são importantes em nossas vidas. Às vezes falamos tudo isso através de simples gestos, noutras proferimos a palavra de amor, e em muitas vezes podemos refletir esse nobre sentimento apenas no olhar.

Nada mais bonito que a cumplicidade daqueles que se amam na seara do bem.

Agradecer à Vida

Todos nós sonhamos em viver bem, com saúde, com uma família linda, em harmonia, cheia de amor e filhos amados.

Todavia, ao longo de nossas trajetórias nesta vida passageira aqui na terra, muitas vezes nos permitimos vivenciar mais as coisas da matéria em detrimento das coisas do espírito e nos esquecemos de quando nos foi dito “O meu reino não é deste mundo.” Então, porque ainda ignoramos o verdadeiro sentido do amor, do qual Paulo já nos falava na primeira epístola aos Coríntios (capítulo 13), buscamos insaciavelmente suprir nossas carências afetivas e legítimas nas coisas externas e de forma possessiva, e não notamos com isto que o mandamento maior é em verdade: “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”, afinal fomos criados para amar.

E, nesta luta por amar e ser amado, nos esquecemos de nós mesmos e também de Deus muitas vezes; mas o Pai, que ama seus filhos, nunca os esquece e, o tempo todo nos fala pelo coração, nos oferece diariamente oportunidades de aprendermos a amar e a transformar nossos sonhos em realidade.

Mesmo com nosso livre-arbítrio, tudo que podemos decidir em nossas vidas caminha dentro dos limites designados por Deus. Às vezes, viver parece-nos muito difícil, principalmente quando olhamos para dentro, quando nos deparamos com nossos próprios erros, vícios, fraquezas, egoísmo e orgulho; e esse movimento de reflexão de nossas próprias atitudes corrói a alma, às vezes até inconscientemente, gerando sentimento de culpa, de incapacidade momentânea, de ingratidão e até mesmo de revolta conosco mesmos, quando tomamos a consciência de que em alguns momentos geramos dor, sofrimento e incompreensão nos corações dos que nos amam e em nossos próprios.

Embora tudo isso às vezes aconteça em nossas vidas, nos tirando a saúde física e psíquica e nos rasgando o peito e a alma, precisamos ser fortes e ter fé na vida. Fé que o grande Pai está sempre nos cuidando e nos moldando com nossas próprias lágrimas para vivermos a verdadeira felicidade. Portanto é hora de olharmos pra dentro, de buscarmos nos conhecer melhor e entender o sentido de nossa existência atual. O motivo de tantas angústias, medos, e inseguranças que talvez já arrastemos por inúmeras encarnações, e que já é hora de compreender e superar. Porém é preciso acrescer que superar significa modificar o pensamento, as atitudes, fazer diferente, renovar hábitos. Somente desta forma estaremos dando passos para a verdadeira felicidade, para o mundo de regeneração, que nos aguarda de braços abertos, pois só estarão lá aqueles que se libertarem das paixões de hoje, paixões que nos impedem de amar e assim nos escravizam em nossas próprias vicissitudes e acomodações.

Nunca deixemos de nos movimentar e de acreditar que somos capazes! Isto é viver!

Agradeçamos então como o sábio, pela vida, pelas alegrias, pelos alimentos, pela dor, por nossos amores, pela capacidade de amarmos e pela certeza que já trazemos em nossos corações, de que amor é pra sempre e é para que aprendamos e busquemos sempre cuidar, consolar, compreender a todos e à própria vida com seus desafios e oportunidades de crescimento moral e espiritual.

Leo Lopes

Reencarnação: O educandário da alma

Quando o espírito é convocado ao mergulho no corpo material, candidata-se ao curso extensivo da educação do homem que integra o mundo corpóreo, onde há grande importância no progresso tecnológico, científico e, consequentemente, moral.

Segue ele o caminho dos dias aí contados no calendário terreno, com o objetivo de aproveitar esta trajetória, beneficiando-se de tudo que o mundo oferece para realizar sua educação espiritual.

Cada dia vivido na matéria é de importância vital para seu aprendizado. Os obstáculos e as vitórias, as alegrias e tristezas, encontros e desencontros, as facilidades e dificuldades financeiras, o trabalho profissional ou a ausência deste, o conhecimento geral do intelecto ou a impossibilidade deste, a saúde ou o adoecimento do corpo são instrumentos da disciplina, que tem o grande objetivo na educação da alma.

Não perceber cada um desses momentos, cada acontecimento, cada dia e o somar do tempo em anos é passar por este educandário como aluno indisciplinado e displicente, que não aproveita o que lhe está sendo oferecido pela providência divina.

Ruth Azevedo

Plenitude do viver

A vida é muito mais do que se pensa, muito mais do que se quer...

Disse Jesus: “Eu venci o mundo.” Mas será que alguém que “venceu na vida” é um “vencedor da vida”?

Quase sempre “vencer na vida” nos dá a idéia de pessoa bem sucedida, que se deu bem nos negócios, que tem uma boa posição social ou tem o mando e a fama em algum lugar. Entretanto, essa pessoa não está livre de ser atribulada e infeliz. Algumas perdem o sentido da vida e desistem de viver e até se suicidam. Demonstram estar bem em tudo, mas no fundo vivem em aflição.

Para “vencer na vida”, na maioria das vezes basta acompanhar o ritmo da vida material, nem sempre com medidas honestas. Trabalhar, lutar, investir para “vencer a vida” no entanto, requer esforço para, primeiramente, vencer a si próprio, naquilo que temos de imperfeições. É tarefa mais difícil e exige esforço constante.

“Vencer na vida” não é algo indesejável ou pecaminoso. O que é condenável é deixar-se arrastar naquilo que ela também oferece de vícios, corrupções e erros.

Tirando o aspecto negativo, não há como negar que “vencer na vida” é um objetivo que devemos procurar, pois quem vence na vida pode ajudar ao próximo a viver uma vida melhor. Mas deve-se muito mais “vencer a vida”, empregar força de vontade, inteligência e sentimento, a fim de se superar, fazendo com que a vida se dobre diante de si e não dobrar-se diante dela.

No “vencer na vida” o homem a aceita como ela se apresenta e faz conforme as suas exigências. No “vencer a vida”, dá-se o contrário, o homem faz com que a vida siga a direção que ele impõe.

Ser vitorioso não significa ter o poder de determinar quais as situações em que venha a se encontrar. Eis que ocorrem acidentes, doenças ou reviravoltas. Quem vence a vida, é vencedor por si mesmo e não escravo das circunstâncias. Permanece firme e confiante, mesmo diante das dificuldades. O mesmo não acontece com quem vence na vida e se torna “vencido”, e se desespera se algum prejuízo material vier a acontecer.

Que possamos acreditar que somos capazes de vencer nossos medos e comodismos e viver a vida na certeza de um futuro melhor.

Norma Sueli

Homenagem aos Pais


As tuas mãos têm grossas veias como cordas azuis
sobre um fundo de manchas já cor de terra
— como são belas as tuas mãos —
pelo quanto lidaram, acariciaram ou fremiram
na nobre cólera dos justos...
Porque há nas tuas mãos, meu velho pai,
essa beleza que se chama simplesmente vida.
E, ao entardecer, quando elas repousam
nos braços da tua cadeira predileta,
uma luz parece vir de dentro delas...
Virá dessa chama que pouco a pouco, longamente,
vieste alimentando na terrível solidão do mundo,
como quem junta uns gravetos e tenta acendê-los contra o vento?
Ah, como os fizeste arder, fulgir,
com o milagre das tuas mãos.
E é, ainda, a vida
que transfigura das tuas mãos nodosas...
essa chama de vida — que transcende a própria vida...
e que os Anjos, um dia, chamarão de alma...
(Mario Quintana)

Em Tempo! - Curiosidade sobre o dia dos Pais

O Dia dos Pais tem uma origem bem semelhante ao Dia das Mães, e em ambas as datas a idéia inicial foi praticamente a mesma: Criar datas para fortalecer os laços familiares e o respeito por aqueles que nos deram a vida.

Conta a história que em 1909, em Washington, Estados Unidos, Sonora Louise Smart Dodd, filha do veterano da guerra civil, John Bruce Dodd, ao ouvir um sermão dedicado às mães, teve a idéia de celebrar o Dia dos Pais. Ela queria homenagear seu próprio pai, que viu sua esposa falecer ao dar a luz ao sexto filho, e que teve de criar o recém-nascido e seus outros cinco filhos sozinho. Já adulta, Sonora sentia-se orgulhosa de seu pai ao vê-lo superar todas as dificuldades sem a ajuda de ninguém. Então, Sonora enviou uma petição à Associação Ministerial de Spokane, cidade localizada em Washington, Estados Unidos. E também pediu auxílio para uma Entidade de Jovens Cristãos da cidade.

O primeiro Dia dos Pais norte-americano foi comemorado em 19 de junho daquele ano, aniversário do pai de Sonora. A rosa foi escolhida como símbolo do evento, sendo que as vermelhas eram dedicadas aos pais vivos e as brancas, aos falecidos. A partir daí, a comemoração difundiu-se. No Brasil, a idéia de comemorar esta data partiu do publicitário Sylvio Bhering e foi festejada pela primeira vez no dia 14 de Agosto de 1953, dia de São Joaquim, patriarca da família.

sábado, 16 de abril de 2011

Editorial - Março de 2011

RECOMEÇO

HÁ SEMPRE TEMPO PARA RECOMEÇAR E AGIR.”



Início de ano recomeço das atividades de nossa Casa. Tarefas sendo programadas, propostas estudadas, esperanças renovadas.

Alguns continuaram na mesma tarefa, outros com novos desafios pela frente.

Que O Mestre Jesus permaneça junto a nós, fortalecendo nossa vontade para enfrentarmos mais um ano com energia. Que venham os obstáculos. Eles existem para serem vencidos. Com vontade firme, despertaremos a capacidade de vencer, de mudar, de sorrir e de fazer diferente a mesma coisa, no mesmo ambiente, com os mesmos companheiros.

Recomeçar de novo a cada dia, aproveitando o tempo que se chama HOJE.

Avante Família Culto Pedro!

Recomecemos juntos, vai valer a pena...


O Cultivo da Serenidade




Quando estamos mergulhados em problemas, pode ser difícil enxergar a esperança, mas ao aceitarmos nossos desafios, tudo se torna menos sofrido.


Existe um ditado que diz: “A felicidade está dentro de você, busque-a que você a encontrará.”


Também é verdade que fomos feitos pra sermos felizes. O problema está aí: Temos tudo pra viver com alegria, porém a velha mania de enfatizarmos mais as dores do que os amores é que nos faz menos felizes. Não há uma fórmula mágica para dormir e acordar sorrindo, mas também não é preciso lamentar as vinte e quatro horas do dia.


Podemos viver com esperança e confiança. E isso não significa ser uma pessoa alienada dos fatos e sim, sábia o bastante para dar o melhor de si e mudar o que puder ser mudado.


Só a serenidade nos faz olhar para a frente e deixar para trás tudo aquilo que nos incomoda e nos faz infeliz, chegando muitas vezes a nos adoecer e tirar o brilho da nossa vida.


Pense nisso!


Norma Sueli



Amor sempre amor

O título é do livro de Richard Simonetti, de onde coletamos algumas frases e idéias para usarmos como reflexão. Como o referido título nos sugere, o foco é o amor, situando-o em três posições diferentes, a saber:

Há aqueles que jamais concebem a idéia do mal. É o amor voltado para fora, que só cogita no bem, é inspirado no altruísmo. Como exemplo de seguidores desse tipo de amor, podemos mencionar Mahatma Gandhi e Maria Teresa de Calcutá. O primeiro considera o amor como a força mais abstrata, e também a mais potente do mundo. Ele diz que o amor não é somente um estado negativo que consiste em não fazer o mal, mas também um estado positivo que consiste em fazer o bem a todos, inclusive a quem faz o mal.

O outro exemplo, a Madre Teresa de Calcutá, afirma - “Se você julga as pessoas, não tem tempo para amá-las.” É dela também o seguinte comentário: -“O senhor não daria banho num leproso nem por um milhão de dólares? Eu também não. Só por amor se pode dar banho num leproso.” São pensamentos que nos dão subsídios para sérias reflexões.

No extremo oposto temos o amor voltado para dentro, este, inspirado no egoísmo.

Podemos citar como exemplo, o subordinado que odeia seu superior, sorrindo-lhe com os lábios, amaldiçoando-lhe com o coração. Sim porque o Evangelho Segundo O Espiritismo, no seu capítulo VIII, nos diz que “A verdadeira pureza não está somente nos atos, ela está também no pensamento, porquanto aquele que tem puro o coração nem sequer pensa no mal.”

Entre esses dois extremos – o amor voltado para fora e o amor voltado para dentro - está o “amor do meio”. É o amor do religioso que, levado pelos ensinamentos cristãos, luta para vencer os impulsos do mal. Oscila e vacila entre o egoísmo e o altruísmo, numa batalha difícil, onde só a perseverança, a oração e a vivência no bem poderão ajudar a combater as tendências inferiores comuns nos seres humanos.

Por pensarem muito em si mesmos, indivíduos e coletividades envolvem-se em desonestidade, desentendimentos, brigas, violências, guerras, extermínios, perpetuando sofrimentos, dores e tristezas que fazem a infelicidade humana.

Então, se queremos ver o mundo melhor, mais feliz, temos que buscar a cada dia trabalhar para que possamos chegar o mais perto possível do amor voltado para fora, baseado no altruísmo.

Incita-nos o autor a considerar nossa casa mental um jardim necessitado de cuidados. Retirando pedras e ervas daninhas do amor voltado para dentro, semeando o Bem com um empenho tão grande que transborde em nós o amor voltado para fora, brotado do exercício do altruísmo, da solidariedade, da compreensão, de modo que o “cada um por si” e os outros que se danem”, sejam substituídos pelo “um por todos e todos por um”.


Gidelma Quintanilha Pereira


Súplica a Deus

Quando é que os seres humanos perceberão...

Que as pessoas não são troféus

Que sentimentos não se compram

Que mentiras só enganam ao mentiroso

Que o caminho para a luz é longo

Que para cair no precipício só precisa de um único passo

Que acreditar em si mesmo é essencial

Que conquista é uma vitória íntima

Que a vida é efêmera

Que a família é o centro vital da energia de amor

Que o universo não está ao seu dispor

Que a solução para seus problemas está dentro de si

Que a paz é o melhor salário

Que verdades abrem portas

Que o outro é a alavanca do meu progresso

Que a escuridão é ausência de luz

Que a vaidade é a escória da humanidade

Portanto...

Busque a cada dia vencer a si próprio

Olhe para trás e veja o caminho já percorrido

Volte nas suas decisões e pense na possibilidade do perdão

Valorize a vida e tudo que ela lhe proporciona

Ame o inusitado

Perceba a presença de Deus em pequeninas coisas

E se faça grande ao identificar que Ele está dentro de você.

Grace Corraes

Em Casa...

Quarta-feira 18h, eis a rotina normal de nossas vidas, saindo do trabalho indo para casa. Rotina normal fazer compras, pagar contas, depois vamos para casa.

Ah, em casa no conforto do meu lar, ler, estudar, tomar aquele banho, enfim na segurança de minha casa.

Tudo parece perfeito nesta rotina resumida, mas se olhássemos com mais atenção nas entrelinhas da linha do nosso tempo, veríamos que em alguns momentos de nossa vida passamos por pessoas nas calçadas, ruas, becos e tantos outros lugares. São andarilhos, drogaditos, alcoólatras, doentes mentais... Mas isso não vemos, pois o nosso foco é a manutenção do conforto de nosso lar, de estarmos em casa.

Mas se olhássemos com um pouco de mais cuidado veríamos olhos perdidos. Olhos que não cruzam com os nossos, pois sempre miram o chão. Olhos que sempre se encontram na indiferença dos nossos. Estão onde os nossos não respeitam, na sarjeta.

Porém alheios a esta indiferença jardineiros de Pedro, diretos ou indiretos foram adubar em outros terrenos.

Alguns jardineiros resolveram então levar o adubo de Pedro a estes que mais nada tem. Neste ato de aproximação surgiu a oportunidade de um jantar no jardim de Pedro.

Era um sábado quente de Dezembro, dia 19, os preparativos já se iam desde semanas antes, roupas para doar, bijuterias paras as mulheres, brinquedos para as crianças, agasalhos para os mais idosos, comida a ser preparada.

No sábado de manhã o exército de jardineiros já estava a postos, preparando aquele que seria um dos jantares mais inesquecíveis de muitos naquela noite.

Salão arrumado, sessenta lugares distintos, mesas enfeitadas com arranjos de maestria poesia, músicos a postos, trabalhadores nervosos, jardineiros angustiados. E uma só pergunta:

- Será que eles vêm?”

Vieram!

E o que se viu em diante foi uma noite de felicidades, olhos vibrantes, corações alegres, olhos que olhavam uns a favor dos outros, olhos que agradeciam a oportunidade de estar ali. Olhos que se sentiam novos, alimentados, olhos que se viam confortados, acolhidos.

Assim foi a noite de 19 de dezembro de 2010 no Culto Pedro. Recebemos boa parte dos moradores de rua que sempre bem tratados por alguns jardineiros de Pedro atenderam o convite do Mestre.

Mas há uma frase que define o que aconteceu naquela noite, dito por um morador de rua.

“-Estou em casa.”

Que Jesus nos abençoe.

Samuel Rocha