segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Editorial - Dezembro de 2009



"Permanecerei em mim e eu permanecerei em vós. Como não pode o ramo produzir fruto de si mesmo, se não permanecer na videira, assim nem vós o podeis dar, se não permanecerdes em mim.”

Jesus (JOÃO, 15:4)

Ano 2009, nova administração, equipes de trabalhos renovadas, tudo diferente em nossa Casa, porém com os mesmos trabalhadores.

E assim tudo começou: iniciamos com a Tarde do Sorvete, depois Bingo, Homenagem às Mães, Jantar dos Namorados, Festa Junina, Passeio, etc., além das atividades doutrinárias e mediúnicas. Houve momentos de descontração, estresse, preocupação, lágrimas de dor e de alegrias. E imitando o poeta: “foram muitas as emoções...”

Juntaram-se a nós novos tarefeiros, outros retornaram após longo período de afastamento, alguns se foram... Para outras cidades e também tivemos os que retornaram à Pátria Verdadeira para continuar sua caminhada conosco em outro Plano.

E assim, chegamos ao final de 2009. Quantas oportunidades esta Casa Bendita, que é nosso porto seguro nos proporcionou. E agora? Agora é o momento de juntos, numa grande corrente de amor, agradecermos ao nosso Pai Misericordioso pelas bênçãos aqui recebidas.

Que nossos corações possam estar fortalecidos e conscientes de nossas responsabilidades, pois nossa casa é a Casa do Mestre Jesus. E para que possamos dar bons frutos é necessário que permaneçamos junto a Ele, nutrindo nossos corações e mentes do mais forte alimento universal: O amor. O amor que cobre a multidão dos pecados, o amor que vence a barreira do orgulho e da vaidade. O amor que une as criaturas em torno do CRIADOR.

Que nossas propostas para o ano vindouro sejam envolvidas neste Sentimento Maior, para juntos vivenciarmos novas emoções... Produzindo frutos saborosos para nós e para nossos irmãos no plano físico e na esfera espiritual.

Que possamos colaborar com os Mensageiros do Bem, em mais uma etapa de aprendizado e trabalho, e assim contribuir para que o Espiritismo possa alcançar sua maioridade.

Avante! O Cristo conta conosco.

G. E. Culto Pedro

Relacionamentos


E lá vem de novo esse tema já tão “desgastado”. Desgastado, porém não consumido. Porque aquilo que se consome no processo, gera novas energias. E o que é desgastado, se inutiliza pelo mau uso. Tema falado e cantado em prosa e verso. Tratado nas mais diferentes linguagens, mas ainda não visto e escutado em sua essência. Não que eu tenha em mim o poder de sentir ou fazer sentir a essência do assunto, mas hoje acordei convocada a escrever sobre ele. Talvez pela minha própria necessidade de me consumir nele. Pensando em temas desgastados e não consumidos, podemos citar o amor, a paz, o próprio evangelho. Já “sabemos” tudo sobre eles, mas e aí? Essa é a pergunta que não cala. Onde estão esses assuntos em mim?

Assistindo por vezes à onipresente televisão, o que vemos é o nosso retrato, do nosso mundo. Por mais que possa haver exageros, ênfases, marketing, etc., lá estamos nós. No filho que maltrata o pai idoso, porque ele já não funciona tão bem; no marido que mata “por amor”; no religioso que não tolera outra religião, porque só a sua “tem” a verdade; na mãe que abandona o filho, que não estava nos “seus planos”; na menina que se prostitui “para sobreviver”; no rapaz que “trabalha” no tráfico por falta de outra oportunidade; no motorista que atropela tudo o que se lhe interponha no caminho (pessoas, animais, sinalização de trânsito); no médico, que por ter muitos empregos, não tem tempo para realizar o seu trabalho; no professor, que para ”ensinar” as letras, desconsidera o sujeito em formação; no advogado que para “defender” seu cliente “interpreta” a lei à sua maneira; no juiz que toma decisões imprevisíveis, porque sujeitas a diversas “interferências”; no político, cuja “polis” se resume aos seus parentes. Mas estamos todos do outro lado também, no idoso maltratado, na mulher agredida, no filho abandonado, no pedófilo, no traficante, no dependente de drogas, na vítima do trânsito, no paciente, no aluno, no réu, no eleitor etc.

Na verdade, os diversos papéis sociais nos cabem igualmente a todos. Se na situação atual nos vemos em alguns deles, no passado já estivemos nos opostos e no futuro, quem sabe?

Como a Lei é de causa e efeito, uma coisa é certa, se hoje somos vítimas, ontem fomos algozes e, se hoje somos algozes, ainda que no passado possamos ter sido vítimas, no futuro o seremos de novo. Por mais que, materialmente, o algoz pareça ganhar da vítima, todos perdem. O verdadeiro ganho só advém quando um deles sai desse papel não para o seu oposto, mas para um papel novo. Quem abre mão dos velhos papéis, infinitamente alternados, de algoz e vítima, se candidata ao papel de protagonista do novo tempo.

O novo tempo nos convoca a assumirmos nosso verdadeiro personagem, o de filhos de Deus e, consequentemente, irmãos uns dos outros e de todos, dos algozes e das vítimas.

Como será possível sair dessa roda viva? Quando vitimado, quero meus direitos e, ao impô-los, torno-me algoz. E daí, o que fazer? Como romper esse círculo vicioso? Transformando-o num círculo virtuoso.

A Irmã Zenóbia, administradora da Casa Transitória, no livro Obreiros da Vida Eterna, da série André Luiz, quando em caravana de socorro às trevas próximas à crosta terrestre, nos oferece o seguinte exemplo: ”Permanecemos aqui em tarefa consoladora e educativa, não o esqueçamos. O serviço de punição dos culpados virá de mais alto... Não temos necessidade da luta corporal, nem da defensiva destruidora e sim, da resistência que o Divino Mestre exemplificou.”

Educando a nós mesmos, respeitando incondicionalmente o outro e mantendo a certeza de que somos todos amorosamente cuidados pelo Pai Maior, ofereceremos nossa melhor contribuição para, investindo nos relacionamentos, gerarmos as energias novas de que todos necessitamos.

Claudete Saraiva

Ano Novo


Também na erraticidade, quando do mergulho na matéria, dizemos: Corpo Novo! Vida Nova!

Mas eis que, no correr dos anos, as feridas perispirituais abrem-se ao contato das dores... despertam as mágoas pretéritas. Encontra-se afetos e desafetos. Surgem as dificuldades em forma de provações... Eis que então se verifica: Vida Nova! Homem Velho...

E não mais se ouve o cântigo suave do Evangelho. A Boa Nova que sustentaria o Novo Homem. Ano Novo! Vida Velha!

Como responder ao convite amoroso de Jesus: “Vinde a mim vós que estais aflitos e sobrecarregadose eu vos aliviarei...” ?

O Ano é Novo! O Homem é velho...

Mas, por certo, novas serão as oportunidades a novas, as bençãos, que descerão sobre nós.

Feliz Ano Novo!

Feliz Homem Novo!

Ruth Azevedo

Já é Natal!

Com o passar dos meses começo a falar:
- Puxa! Como o ano está passando depressa!
E acrescento:
- Se piscarmos os olhos, ao abri-los, vamos verificar que já é Natal! E repito este refrão diversas vezes durante o ano.

Falando assim, pode até parecer que não gosto de Natal. Muito pelo contrário, gosto bastante. E acho incrível as pessoas que afirmam que não gostam das festas natalinas. Ainda me questiono: não gostam? Como assim?

É impossível não gostar das luzes coloridas e das lojas, inconvenientemente cheias, nos dias que antecedem ao dia 25 de dezembro.

Muito me encanto com as ruas, lojas e casas decoradas. Confesso que chego a dar uma volta maior só para passar em frente a uma árvore enfeitada ou embaixo das luzes que têm, para mim, um efeito mágico.

Gosto muito da energia das festinhas de amigo oculto com colegas de trabalho, vizinhos, os nossos familiares, dos abraços fraternos, das trocas de lembranças e das preces que nos fortalecem.

Porém, ainda acho, que o que tem um significado todo especial: é a grande “Caravana da Saúde”, que a Nossa Casa realiza no final do ano. Não tenho palavras para descrever a nossa emoção com os cânticos natalinos e com a alegria e o brilho que vemos naqueles que visitamos, diante do Papai Noel que faz parte da nossa equipe.

Por tudo isso eu só posso dizer que bom que já é Natal!

Célia Bôa Morte

Síndrome de Gabriela.

A vida moderna imprime no homem tantas coisas que passam e quase nunca conseguimos perceber o contexto à nossa volta. Trabalho, estudo, família são cobranças que a todo instante nos são feitas e, com freqüência, não conseguimos dar conta.

Todo esse emaranhado de necessidades (que nem sempre escolhemos acertadamente!) sempre esbarra em um ponto crucial: o quão tudo isso nos deixa ou faz os que estão à nossa volta felizes. Não raro, caímos na depreciação do outro em função daquilo que dizemos ser necessário, essencial e inadiável. Quase sempre, devido à falta de reflexão, que normalmente nos abate pela falta de “tempo,” não conseguimos aproveitar o que cada uma das questões inerentes à vida nos promove, e a conseqüência disso tudo é o sofrimento.

Este sentimento é similar a uma febre, que nos alerta dizendo que o nosso organismo não está bem. Quando sofremos, sem um sentido aparente aos nossos olhos, ou porque estamos imersos nos problemas do cotidiano, é a nossa consciência nos alertando acerca do desequilíbrio do nosso modo de vida, das escolhas egoísticas, da impaciência e tantas outras coisas que já trazemos arraigadas de outras vidas e que devemos aprender a fazer diferente.

Algumas vezes até conseguimos vislumbrar os pontos deficientes, todavia volta e meia, lá estamos nós novamente sofrendo por eles. Quando isso acontece (pelo menos comigo) o sentimento de frustração é algo que me incomoda. Pensando assim então, por que é tão difícil mudar, se sabemos que a permanência em determinado comportamento nos manterá em sofrimento? Achei uma resposta na internet muito interessante – “Porque muitos de nós temos a síndrome de Gabriela “... eu nasci assim, eu cresci assim, vou ser sempre assim...” (trecho da música Gabriela cravo e canela).

Toda mudança é difícil, porque demanda muita energia destituída de comodismo. Por isso é necessário termos a balança da vida equilibrada entre o ter e o ser, para que nos momentos em que a mudança se fizer necessária, tenhamos a serenidade para passarmos por ela produtivamente, sem adotar a síndrome de Gabriela como desculpa para o nosso comodismo, entendendo que toda mudança positiva é regida pela Lei de Progresso e de Amor.

Fabrízio Boniolo

Eu e o outro: Uma lição de convivência.


Espelho, espelho meu, diga-me:

Quem sou eu?

Responder a esta questão é o sentido da nossa vida.

No entanto, dizer quem somos, pode parecer uma coisa simples, se ficarmos apenas com respostas superficiais.


Muitas vezes passamos boa parte de nossa vida tentando encontrar uma resposta que nos agrade, aquela que vem ao encontro de nossos desejos e aspirações.


Outras vezes, passamos o tempo todo procurando responder aos apelos e desejos apresentados, como uma forma de aceitação.


Não podemos esquecer porém, que o mais importante é buscar uma resposta que nos leve a uma integração pessoal, que nos ajude a ser e expressar o que realmente somos.


A relação com o outro está presente em nossa vida desde o momento da concepção. É do próprio desejo e desejo do outro que depende o início da existência. O ser humano é fruto de uma interação física e afetiva e, dessa interação, depende a sobrevivência.


A relação com o outro se inicia a partir de uma total dependência física e emocional. Assim se processa entre o bebê a mãe. E aos poucos, vamos nos conhecendo, reconhecendo e aprendendo.


Na convivência, nos defrontamos com as mais diversas situações necessárias ao crescimento.


O espiritismo nos embasa de conhecimentos necessários para transpor os obstáculos que a vida nos oferece como oportunidades de refazimento. Alimentando em nós a esperança de que tudo pode ser diferente quando estamos direcionando nossa vida para um caminho de luz.


Norma Sueli

Em Tempo! - Nosso “Cotidiano” no Trianon


A princípio o medo assustou nossos corações: Não seria ousadia apresentarmos nossa peça no Teatro Municipal Trianon? Mas uma ousadia planejada e batalhada para auxiliar aos mais necessitados certamente é uma ousadia junto aos propósitos do Cristo! E depois de tanto investimento de toda a equipe, só restava vivenciar aquela alegria e satisfação de encerrarmos o espetáculo com um público de aproximadamente 500 pessoas. Parabéns a todos que direta ou indiretamente sonharam este sonho e o transfomaram em realidade! Ousemos com o Cristo e que “Um cotidiano chamado família” seja sempre lembrada em nossos corações!

Leo Lopes

Em Tempo! - Nas férias: Caridade e Vigilância


Verão chegando, muitas festas, viagens, praias, passeios, aventuras e diversão, afinal todos merecem! O distanciamento temporário das tarefas e do convívio na casa espírita tendem a nos deixar mais vulneráveis e desavisados, principalmente se desligamos nossos sensores de perigo, aqueles que nos sensibilizam a orar, ajudar e sermos empáticos uns com os outros. Portanto companheiros, vamos aproveitar o verão sim, lembrando-nos sempre não só do filtro solar, mas também da caridade em nossas atitudes diárias e de muita vigilância, para que, onde quer que estejamos, possamos auxiliar com nossa vibração pacífica e caridosa iluminando a todos com nosso pequeno reflexo da luz do Cristo, que certamente estará junto de nós!

Dicas de segurança: Continuidade do culto no lar onde você estiver; Alguns bons livros para lhe acompanhar; Prece diária e sintonia com a Mãe Natureza.

Leo Lopes