domingo, 4 de setembro de 2011

Editorial - Junho de 2011


Declarar o amor

Junho mês dos namorados, enamorados da vida, enamorados da fé, da caridade, da fraternidade do amor ao próximo.

Demonstrar o amor é uma forma de deixar a vida transbordar de dentro do próprio coração.

Muitas vezes as pessoas estabelecem datas especiais para manifestar o seu amor pelo outro: é o dia do aniversário, o natal, o aniversário de casamento, o dia dos namorados.

Para muitas pessoas, expressar amor é como usar uma taça de cristal: é bonito, sofisticado, mas somente em ocasiões especiais.

Muitas pessoas não dizem nunca o que sentem ao outro. Acreditam que o outro sabe que é amado e pronto. Não é preciso dizer.

É importante saber dizer: Amo você! O gesto carinhoso, a palavra gentil, autêntica, a demonstração afetiva num abraço, num delicado carinho, funcionam como estímulos para o estreitamento dos laços indestrutíveis do amor.

É urgente que, no relacionamento humano, se quebre a cortina do silêncio entre as criaturas e se fale dos sentimentos, sem vergonha e sem medo.

A pessoa, cuja presença é uma declaração de amor, consegue criar um ambiente especial para si e para os que privam da sua convivência.

Quem diz ao outro: Eu amo você, expressa a sua própria capacidade de amar, e reafirma ao outro o amor.

Em homenagem ao Dia dos Namorados, desejo, a todos os enamorados, a coragem! Para que possamos quebrar esse silêncio e expressar às pessoas amadas o quanto elas são importantes em nossas vidas. Às vezes falamos tudo isso através de simples gestos, noutras proferimos a palavra de amor, e em muitas vezes podemos refletir esse nobre sentimento apenas no olhar.

Nada mais bonito que a cumplicidade daqueles que se amam na seara do bem.

Agradecer à Vida

Todos nós sonhamos em viver bem, com saúde, com uma família linda, em harmonia, cheia de amor e filhos amados.

Todavia, ao longo de nossas trajetórias nesta vida passageira aqui na terra, muitas vezes nos permitimos vivenciar mais as coisas da matéria em detrimento das coisas do espírito e nos esquecemos de quando nos foi dito “O meu reino não é deste mundo.” Então, porque ainda ignoramos o verdadeiro sentido do amor, do qual Paulo já nos falava na primeira epístola aos Coríntios (capítulo 13), buscamos insaciavelmente suprir nossas carências afetivas e legítimas nas coisas externas e de forma possessiva, e não notamos com isto que o mandamento maior é em verdade: “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”, afinal fomos criados para amar.

E, nesta luta por amar e ser amado, nos esquecemos de nós mesmos e também de Deus muitas vezes; mas o Pai, que ama seus filhos, nunca os esquece e, o tempo todo nos fala pelo coração, nos oferece diariamente oportunidades de aprendermos a amar e a transformar nossos sonhos em realidade.

Mesmo com nosso livre-arbítrio, tudo que podemos decidir em nossas vidas caminha dentro dos limites designados por Deus. Às vezes, viver parece-nos muito difícil, principalmente quando olhamos para dentro, quando nos deparamos com nossos próprios erros, vícios, fraquezas, egoísmo e orgulho; e esse movimento de reflexão de nossas próprias atitudes corrói a alma, às vezes até inconscientemente, gerando sentimento de culpa, de incapacidade momentânea, de ingratidão e até mesmo de revolta conosco mesmos, quando tomamos a consciência de que em alguns momentos geramos dor, sofrimento e incompreensão nos corações dos que nos amam e em nossos próprios.

Embora tudo isso às vezes aconteça em nossas vidas, nos tirando a saúde física e psíquica e nos rasgando o peito e a alma, precisamos ser fortes e ter fé na vida. Fé que o grande Pai está sempre nos cuidando e nos moldando com nossas próprias lágrimas para vivermos a verdadeira felicidade. Portanto é hora de olharmos pra dentro, de buscarmos nos conhecer melhor e entender o sentido de nossa existência atual. O motivo de tantas angústias, medos, e inseguranças que talvez já arrastemos por inúmeras encarnações, e que já é hora de compreender e superar. Porém é preciso acrescer que superar significa modificar o pensamento, as atitudes, fazer diferente, renovar hábitos. Somente desta forma estaremos dando passos para a verdadeira felicidade, para o mundo de regeneração, que nos aguarda de braços abertos, pois só estarão lá aqueles que se libertarem das paixões de hoje, paixões que nos impedem de amar e assim nos escravizam em nossas próprias vicissitudes e acomodações.

Nunca deixemos de nos movimentar e de acreditar que somos capazes! Isto é viver!

Agradeçamos então como o sábio, pela vida, pelas alegrias, pelos alimentos, pela dor, por nossos amores, pela capacidade de amarmos e pela certeza que já trazemos em nossos corações, de que amor é pra sempre e é para que aprendamos e busquemos sempre cuidar, consolar, compreender a todos e à própria vida com seus desafios e oportunidades de crescimento moral e espiritual.

Leo Lopes

Reencarnação: O educandário da alma

Quando o espírito é convocado ao mergulho no corpo material, candidata-se ao curso extensivo da educação do homem que integra o mundo corpóreo, onde há grande importância no progresso tecnológico, científico e, consequentemente, moral.

Segue ele o caminho dos dias aí contados no calendário terreno, com o objetivo de aproveitar esta trajetória, beneficiando-se de tudo que o mundo oferece para realizar sua educação espiritual.

Cada dia vivido na matéria é de importância vital para seu aprendizado. Os obstáculos e as vitórias, as alegrias e tristezas, encontros e desencontros, as facilidades e dificuldades financeiras, o trabalho profissional ou a ausência deste, o conhecimento geral do intelecto ou a impossibilidade deste, a saúde ou o adoecimento do corpo são instrumentos da disciplina, que tem o grande objetivo na educação da alma.

Não perceber cada um desses momentos, cada acontecimento, cada dia e o somar do tempo em anos é passar por este educandário como aluno indisciplinado e displicente, que não aproveita o que lhe está sendo oferecido pela providência divina.

Ruth Azevedo

Plenitude do viver

A vida é muito mais do que se pensa, muito mais do que se quer...

Disse Jesus: “Eu venci o mundo.” Mas será que alguém que “venceu na vida” é um “vencedor da vida”?

Quase sempre “vencer na vida” nos dá a idéia de pessoa bem sucedida, que se deu bem nos negócios, que tem uma boa posição social ou tem o mando e a fama em algum lugar. Entretanto, essa pessoa não está livre de ser atribulada e infeliz. Algumas perdem o sentido da vida e desistem de viver e até se suicidam. Demonstram estar bem em tudo, mas no fundo vivem em aflição.

Para “vencer na vida”, na maioria das vezes basta acompanhar o ritmo da vida material, nem sempre com medidas honestas. Trabalhar, lutar, investir para “vencer a vida” no entanto, requer esforço para, primeiramente, vencer a si próprio, naquilo que temos de imperfeições. É tarefa mais difícil e exige esforço constante.

“Vencer na vida” não é algo indesejável ou pecaminoso. O que é condenável é deixar-se arrastar naquilo que ela também oferece de vícios, corrupções e erros.

Tirando o aspecto negativo, não há como negar que “vencer na vida” é um objetivo que devemos procurar, pois quem vence na vida pode ajudar ao próximo a viver uma vida melhor. Mas deve-se muito mais “vencer a vida”, empregar força de vontade, inteligência e sentimento, a fim de se superar, fazendo com que a vida se dobre diante de si e não dobrar-se diante dela.

No “vencer na vida” o homem a aceita como ela se apresenta e faz conforme as suas exigências. No “vencer a vida”, dá-se o contrário, o homem faz com que a vida siga a direção que ele impõe.

Ser vitorioso não significa ter o poder de determinar quais as situações em que venha a se encontrar. Eis que ocorrem acidentes, doenças ou reviravoltas. Quem vence a vida, é vencedor por si mesmo e não escravo das circunstâncias. Permanece firme e confiante, mesmo diante das dificuldades. O mesmo não acontece com quem vence na vida e se torna “vencido”, e se desespera se algum prejuízo material vier a acontecer.

Que possamos acreditar que somos capazes de vencer nossos medos e comodismos e viver a vida na certeza de um futuro melhor.

Norma Sueli

Homenagem aos Pais


As tuas mãos têm grossas veias como cordas azuis
sobre um fundo de manchas já cor de terra
— como são belas as tuas mãos —
pelo quanto lidaram, acariciaram ou fremiram
na nobre cólera dos justos...
Porque há nas tuas mãos, meu velho pai,
essa beleza que se chama simplesmente vida.
E, ao entardecer, quando elas repousam
nos braços da tua cadeira predileta,
uma luz parece vir de dentro delas...
Virá dessa chama que pouco a pouco, longamente,
vieste alimentando na terrível solidão do mundo,
como quem junta uns gravetos e tenta acendê-los contra o vento?
Ah, como os fizeste arder, fulgir,
com o milagre das tuas mãos.
E é, ainda, a vida
que transfigura das tuas mãos nodosas...
essa chama de vida — que transcende a própria vida...
e que os Anjos, um dia, chamarão de alma...
(Mario Quintana)

Em Tempo! - Curiosidade sobre o dia dos Pais

O Dia dos Pais tem uma origem bem semelhante ao Dia das Mães, e em ambas as datas a idéia inicial foi praticamente a mesma: Criar datas para fortalecer os laços familiares e o respeito por aqueles que nos deram a vida.

Conta a história que em 1909, em Washington, Estados Unidos, Sonora Louise Smart Dodd, filha do veterano da guerra civil, John Bruce Dodd, ao ouvir um sermão dedicado às mães, teve a idéia de celebrar o Dia dos Pais. Ela queria homenagear seu próprio pai, que viu sua esposa falecer ao dar a luz ao sexto filho, e que teve de criar o recém-nascido e seus outros cinco filhos sozinho. Já adulta, Sonora sentia-se orgulhosa de seu pai ao vê-lo superar todas as dificuldades sem a ajuda de ninguém. Então, Sonora enviou uma petição à Associação Ministerial de Spokane, cidade localizada em Washington, Estados Unidos. E também pediu auxílio para uma Entidade de Jovens Cristãos da cidade.

O primeiro Dia dos Pais norte-americano foi comemorado em 19 de junho daquele ano, aniversário do pai de Sonora. A rosa foi escolhida como símbolo do evento, sendo que as vermelhas eram dedicadas aos pais vivos e as brancas, aos falecidos. A partir daí, a comemoração difundiu-se. No Brasil, a idéia de comemorar esta data partiu do publicitário Sylvio Bhering e foi festejada pela primeira vez no dia 14 de Agosto de 1953, dia de São Joaquim, patriarca da família.