quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Editorial - Dezembro 2013


Sobre estrelas...


Ainda não sei nada sobre estrelas, nem sobre o céu e suas constelações. Talvez seja uma boa ideia: preciso ver com novos olhos o meu Universo e entender as estrelas. Bilac já havia dito;

“Ora (direis) ouvir estrelas! Certo,
Perdeste o senso! E eu vos direi, no entanto,
Que, para ouvi-las, muita vez desperto
E abro as janelas, pálido de espanto...

E conversamos toda a noite, enquanto
A via láctea, como um pálio aberto,
Cintila. E, ao vir do sol, saudoso e em pranto,
Inda as procuro pelo céu deserto.

Direis agora: Tresloucado amigo!
Que conversas com elas? Que sentido
Tem o que dizem, quando estão contigo?

E eu vos direi: Amai para entendê-las!
Pois só quem ama pode ter ouvido
Capaz de ouvir e de entender estrelas."

Só agora, depois de ler esta poesia de Bilac, começo a entender que é preciso amar as estrelas para entendê-las. Para nos entendermos e entendermos alguma coisa ou alguém, é necessário AMAR. Muito entendo, quando amo.

Portanto, se quer começar um ano verdadeiramente novo, procure entender as questões que o afligem, procure AMAR, recomece amando e assim entenderá. O roteiro é simples: seguir os passos do Menino, que veio à Terra, entendeu e amou.

Então vamos AMAR!

G.E. Culto Pedro


Natal de Jesus




Jesus esteja nesta Casa que Trabalha em nome do Amor! Todos nós temos a obrigação de trabalhar em nome do amor que é o Amor do Nosso Cristo Jesus. Amor que nunca nos falta, pois Ele está sempre do lado de todos aqueles que lutam pela verdade, pelo Amor sincero e verdadeiro e por todos aqueles que sofrem de todas as maneiras, seja na doença, seja na falta de recursos financeiros, seja na falta de recursos espirituais.

Este é momento e hora de chegarmos todos juntos de mãos dadas, coração trabalhado, espírito elevado, pois todos nós na vida terrena ou na vida espiritual, sofremos pelos danos espirituais que estamos passando.

Vamos companheiros! Vamos orar pela nossa nação, por este país de grandes jornadas!

Vamos amigos! De mãos dadas, corações entrelaçados, orar pedindo a este Mestre Jesus que ajude a todos os que sofrem, aqueles que perderam seus filhos, filhos que perderam seus pais, mulheres que se iludem com o brilho do ouro e esquecem que existe um Pai de Amor que vela por todos os seus filhos.

Estejamos todos neste mês em que se comemora o Natal, o Natal de Jesus, buscando a paz em nome de todos que sofrem; não vamos usar mais a palavra bandidos, vamos pedir por irmãos sofredores. É o que Jesus espera de todos nós. Vibrem, vibrem e vibrem pelos sofredores, porque todos que estão passando por estes dissabores são sofredores, mesmos aqueles que estão de armas em punho para defender em nome da paz, também são sofredores. Por isso precisamos orar por todos os brasileiros.

Abraços fraternos e pedimos as benções do Mestre Jesus.

Deste amigo aos amigos.

Médium: Josélia
Data:30/11/2010


segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Missão de férias


“A Lei Divina do Trabalho insere em suas diretrizes a necessidade do repouso. Como ser humano e profissional, o espírita tem direito de usufruir as férias decorrentes da sua prestação de serviços” (FEB).

Porém a Casa Espírita jamais deve fechar as suas portas, pois a necessidade não tira férias e a dor não tem hora marcada. Também (acredito eu) não gostaríamos de nos distanciar de Jesus e do propósito de caminhar no bem, tal exercício começamos no seio da nossa família e na Casa Espírita, no convívio, no estudo, nas tarefas cotidianas.

Devemos estar de plantão! Somos uma célula viva, devemos estar integrados, prestando atenção na equipe e em nós mesmos.

Então como conduzir nosso descanso? Vigiando e orando, essa é nossa MISSÃO sempre. Divertir-se sem excessos que possam prejudicar o nosso espírito e abrir brechas as nossas más tendências, descansar a matéria entendendo que o trabalho é parte da vida encarnada e que necessitamos dele para crescimento e que “a vida não é um descanso.”

Para nos auxiliarem nessa missão, temos então as palestras públicas, os passes e outras tarefas que continuam nesse período. Usemos o bom senso e a sensibilidade de permanecer na Casa do Cristo e mantendo-nos ativos nos serviços que elevam o espírito.

Bianca Amara


Onde procurar?



Senhor, procuro hoje em ti:
o refúgio pra minha dor,
o amparo para meu corpo
a tranquilidade pra minha alma,
e a paz para meu espírito.

Mas o Senhor me oferece no próximo:
o sorriso, o brilho no olhar,
as mãos pra acariciar,
os ouvidos pra escutar,
o colo pra repousar,
e a alegria pra compartilhar.

Então diga-me ó Senhor:
Onde devo procurar?

Até quando devo ignorar?
Que a oportunidade está em se doar,
em acolher com amor,
em dar sem receber.
Em guardar no silêncio da alma a vibração positiva
e o clamor pela vida.

Até quando não perceber?
Que é sempre no ato de dar
que poderei um sorriso receber.
Que no estender da mão amiga,
curarei todas feridas,
que habitam o meu próprio ser.
Que no abraço fraterno,
verdadeiro e puro que der,
estarei praticando O Evangelho,
o amor, o perdão e a caridade.

Então Senhor, deixa-me viver!
E com a vida entender e aprender,
que posso Contigo seguir sempre avante
e a cada dia certamente vencer. 

 Leo Lopes


EM TEMPO - Reflexão


Queridos amigos,

(...) Eis dezembro!

Eis o natal que se aproxima!

Enfeita também o teu coração com os lampadários formosos da caridade, acende as luzes ternas da fraternidade legítima, procura a atividade necessária para esse grande dia, na visitação do enfermo, no auxílio às crianças desvalidas.

Acende, cada dia, a prece fervorosa em favor da paz mundial, suplica ao Todo Poderoso a força e a coragem para os desanimados e enfraquecidos.

Não permitas que as horas passem vazias neste mês festivo de dezembro.

Confecciona as roupinhas, o agasalho para o necessitado.

Prepara o caldo reconfortante para o doente; não te detenhas à margem comum daqueles que só esperam prazeres e regalias de um mundo sofredor. Ajuda e auxilia, quanto possas.

Faze a tua árvore de natal, simbólica, e nela dependura as flores da bondade, da humildade, a lembrança carinhosa e fraterna.

Auxilia, ajuda!

Prepara no teu lar o recanto feliz para que a mensagem do Natal seja uma realidade portas a dentro do teu santuário.

Envida esforços para conquistar a paz dentro de teu lar.

Ergue ali o santuário vivo do amor através de ilimitada paciência. Não desprezes aquele que te bate à porta, procurando auxílio.

Vem, meu irmão. Vem conosco. Jesus espera teu coração.

Jesus quer ver a Terra mais feliz. Faze a tua parte, para que lá no Infinito o Mestre possa ver e sentir o Mundo, o seu Mundo, uma fulgurante estrela de promessas vivas, de movimentação e ascensão para as altiplanuras.

Vem, meu irmão, trabalhemos!

(Bezerra de Menezes)


Editorial - Setembro 2013


É primavera! O Jardim de Pedro está em festa.


Não nascemos prontos, vamos nos fazendo, nos aperfeiçoando e crescendo como uma criança. A cada ano que passa, vamos nos melhorando num determinado aspecto. Ninguém pode dizer que é igual ao ano que passou. Ninguém pode dizer que não aprendeu algo ou que não deu um passo à frente. Em medidas diferentes, as pessoas vão caminhando. Como numa grande escola, adquirindo saberes, podemos ajudar, ensinando aquilo que já sabemos e, numa troca, aprendendo com o outro, caminhos que possam elevar o espírito.

Já aprendemos muito e temos muito ainda a aprender! Podemos auxiliar nos cuidados do nosso jardim. Podemos conhecer com essa terra. O Jardim de Pedro já está florindo. Aqui chegamos como sementes e agora nos fazemos como jovens florzinhas.

O propósito desse campo fértil é nos fazer belos, com o perfume encantador da caridade e a harmonia do amor. Aproveitar essa experiência e usar os conhecimentos para crescer e sermos flores sublimes é questão de escolha.

E você? Vai florescer onde foi plantado?

G. E. Culto Pedro


Envelhecimento


Diante de meus olhos atônitos, uma nova realidade se desenha. Menos colorida, com os contornos menos delineados, talvez resultantes da minha visão, hoje com menos acuidade. Pernas teimosas, que dobram quando precisam se manter esticadas. Coluna, que já não quer ficar de pé o tempo que julgo necessário. Cabelos, esses que desertam da minha cabeça, independente das minhas solicitações para que permaneçam emoldurando o rosto, que hoje traz os sulcos e as manchas das dores e dos verões já vividos. Ficaram apenas os fios brancos, que vão aos poucos cobrindo de neve o cume da montanha daquilo que supus, por muito tempo, ser eu própria.

Mas o que é isso, senão um monte de ossos e músculos que agora se rebelam, deflagrando uma greve quase geral me fazendo conhecer articulações que eu nem sabia que tinha? E a cabeça, essa quando não está doendo, se mostra ressaqueada, lenta, me convocando a inventar uma maneira diferente de contabilizar o tempo, pois não consigo, com a mesma eficácia, acompanhar o do relógio.

O que é isso, Senhor? O que acontece? Quem é esse eu que não reconheço? Que instrumento é esse que já não atende aos meus comandos? Que tristeza é essa que tenta me invadir e me envolver?

A falência do mundo exterior não é senão a convocação a um mergulho mais profundo na nossa própria intimidade. Um amoroso convite a uma nova etapa, onde nos defrontamos, com mais clareza, com nossa verdadeira identidade, aquela que temos de fato construído.

Crescer implica sempre, simultaneamente num ganho e numa perda. Devido à nossa imaturidade egóica, percebemos primeiro e com mais nitidez, a perda. É necessário então que façamos o luto, que nos libertemos do que passou, por melhor que nos pareça ser, para abrirmos espaço para o novo.

O novo porém é um ilustre desconhecido, que nos amedronta e, por vezes, paralisa. Sair da paralisia é pois nos desidentificarmos com o corpo de matéria, que vai finalizando a sua participação na nossa peça teatral. Peça tal, que conta uma história que começou bem antes e que continuará para além dessa vestimenta, que foi útil, mas hoje, se mostra rota.

É preciso fortificar no coração a certeza de que essa é uma história de amor... que todas são histórias de amor... e que, como todas as histórias de amor, essa também tem um final feliz... e que, se a felicidade ainda não chegou, é porque ainda não é o fim.

Claudete Saraiva


Dor: Oportunidade de crescimento



Neste momento de transição planetária, onde temos presenciado todos os tipos de sofrimentos: catástrofes, doenças graves, vícios, criminalidade etc, muitos questionamentos surgem em nossos corações. Estes levam por vezes, até mesmo aos que acreditam na eternidade do espírito e sabem que tais situações acontecem para nosso crescimento espiritual, a se sentirem frágeis e injustiçados.

A dor é um mecanismo natural, que ocorre como um preservador para a manutenção da vida e do amor. Ela surge quando alguma coisa sai do seu equilíbrio, gerando muitas vezes a dor física, quando algum órgão fica lesado.

Da mesma forma a dor moral, de caráter emocional, surge quando nos desequilibramos, vivenciando questões puramente egoístas. Ela nos convida à reflexão, conduzindo-nos de retorno ao amor de que nos afastamos. Caso não existisse, continuaríamos mergulhados na ignorância e não evoluiríamos.

A dor existe devido à condição evolutiva em que o ser humano se encontra. A dor é muito positiva, pois funciona como aquela educadora que faz com que o aluno aprenda a lição de uma forma precisa e eficiente, nem sempre agradável.

Por isso precisamos aceitar a presença da dor, como uma corretora de nossas ações, levando-nos a acreditar que ninguém colhe o que não haja semeado. Cada um é herdeiro de si mesmo e o que não realizamos por amor, a dor nos convocará a executar um dia.

Podemos passar pela dor sem sofrer ou pelo menos minimizando o sofrimento se desenvolvermos em nós aquilo que Jesus diz em Matheus: “Vinde a mim todos que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei”. O “vinde a mim” de Jesus significa ir até o amor que Ele representa. O amor é suave, leve, nos alivia do sofrimento, do cansaço e da opressão causados por nós mesmos, pela prática dos desequilíbrios do egoísmo e do orgulho.

Vamos buscar a cada dia desenvolver esse amor, que mesmo adormecido pelo tempo, existe dentro de cada um de nós como semente da divindade.

Norma Sueli


Educação para o autoamor


Nos tempos atuais, comum se tornou a busca ardente pela felicidade e a necessidade de convencer ao público que nos cerca de que somos muito felizes, amamos da melhor forma possível e que somos muito amados. Com isto muitas vezes perdemos a referência de amor que nos impulsiona ao crescimento moral e espiritual, entregando-nos aos prazeres imediatos e à satisfação de nossas vontades ou dos desejos dos outros que nos cercam, a fim de nos sentirmos amados por eles.

No livro Escutando Sentimentos, Ermance Dufaux nos esclarece sobre o que, para a grande maioria de nós, é o maior desafio da presente encarnação: aprender a amar a si mesmo. Num primeiro contato com tal informação, muitos de nós tende a acreditar que tal assunto não nos envolve ou parece já estar dominado em nossas vidas. Porém será num momento de perda, dúvida ou desafio, que realmente entenderemos o quão frágil ainda é o nosso amor próprio.

Jesus, em seu mandamento maior para a humanidade, recomendou que amássemos a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos. Tal recomendação, por mais simples que nos pareça, estabelece como referência e fundamento principal para amar ao próximo, o amor que devemos encontrar e nutrir por nós mesmos. Não conseguiremos verdadeiramente amar alguém se não aprendermos a nos amar como somos. Cada um de nós traz inúmeros potenciais adormecidos e uma enorme vontade de amar e ser amado. Trazemos também diversos defeitos e vícios, que nos prendem ao passado de erros e desacertos. Estes, de uma forma não acomodada, precisam ser aceitos e trabalhados em nossa vivência do dia-a-dia, para que possamos encontrar o equilíbrio necessário e, então os transformarmos em oportunidades de aprendizado e crescimento perante nosso Pai criador. Por maior que tenha sido o nosso comprometimento negativo perante a vida, a sociedade ou mesmo alguém, Deus está sempre de braços abertos, nos oportunizando novas chances de reajustes, com seu amor incondicional e ilimitado. Como um pai, Ele entende o limite de seus filhos e aguarda pacientemente que estes se esforcem mais para conquistar os tesouros dos céus.

O aprendizado do autoamor se dá a cada dia, a cada atitude e começa com nosso esforço íntimo de nos conhecermos, nos aceitarmos tal como somos, de não nos criticarmos, de sermos gentis, pacientes e tolerantes conosco mesmos, de nos presentearmos diariamente com momentos de satisfação pessoal e harmonização com o universo. Amar é uma lição para a eternidade, porém com tamanha importância que precisamos começar já.

Observemos a primeira carta de Paulo aos Coríntios e reflitamos qual a nossa referência de amor atual. Meditemos ainda sobre quanto esforço temos envidado no exercício contínuo e diário de autoamor. Desta forma abriremos nosso coração para um enorme fluxo de amor e caridade para conosco, com a vida e com todos ao redor, reascendendo nossa chama, calor e luz interior. Somos tais como brasas, que quando sopradas por Jesus, fornecem a energia da vida necessária ao nosso próprio sustento e ao amparo de muitos, mas que se nos deixamos apagar, distantes do sopro motivador do Mestre, tão somente espalharemos cinzas frias no ambiente em que nos encontrarmos.

Leo Lopes


EM TEMPO - Parabéns GECP!


Parabéns Grupo Espírita Culto Pedro!

Setembro é o mês da primavera, das flores, das belezas naturais e especialmente de nossa casa querida!

Que o nosso presente seja a presença amorosa e renovada para que nossa casa floresça cada vez mais e se regozije com nosso amor!


Editorial - Julho 2013


Vamos dar as mãos?


“A fonte auxilia as árvores e as árvores conservam a fonte.

O solo ampara a semente e a semente valoriza o solo.

As águas formam as nuvens e a nuvens alimentam as águas.

A abelha ajuda a fecundação das flores e as flores contribuem com as abelhas no fabrico do mel.”

Essas palavras de Francisco Cândido Xavier nos convoca a observar as leis da vida e vêm nos recordar que caminhamos juntos. Não há trabalho que se desenvolva só. Sem o irmão que pedimos, como evoluir e fazer a tarefa do bem?

A nova revelação vem nos despertar para o lugar que a Providência Divina nos confere e nos esclarece que o egoísmo é responsável pelos desvarios da alma. Ainda nos coloca a importância da caridade, que traz consigo o espírito de colaboração. O principio de colaboração está em todos os planos e deve se fazer presente em nossa vida, seja onde for. Seja aquele que troca o julgamento pela sombra que abriga. Seja força e coragem onde impera o desânimo. Façamos luz nos lugares onde esta esteja se apagando.

A nova era nos convida a refletir sobre a função moral que nos cabe na vida. Desobstruir caminhos, sermos produtivos e marchar sempre nos lembrando de ver o “outro” como irmão, como aquele que, assim como nós, necessita de misericórdia e auxilio.

Descobrir-se como peça da grande engrenagem da máquina da vida é fundamental para nosso crescimento espiritual, para convivência com todos e para as tarefas da casa espírita que também nos ajudam a crescer.

G. E. Culto Pedro

Fortalecimento e endurecimento



Nossa imaturidade, comumente nos faz confundir um com o outro.

Fortalecimento é verdade que liberta das trevas interiores e nos faz confiantes.

Endurecimento é engano que escraviza. É a própria imersão nas trevas interiores, que nos faz medrosos.

O mundo reflete a realidade de nosso coração. Envolvidos pelo mal, que ainda não foi iluminado pelo bem, que ainda não conseguimos produzir; Seguimos acuados na expectativa de que o mal nos acometa repentinamente. Percebemos o outro como adversário.

Só há um adversário, o orgulho que parece nos constituir. Filho do instinto de conservação, com o qual fomos dotados pelo Pai amoroso para aprendermos a valorizar a vida, confunde-se com apego, quando a nossa limitação nos leva a entender a vida como um corpo de matéria, como uma encarnação.

A vida é a trajetória da criação ao encontro voluntário com Deus. É a oportunidade de nos fortalecermos.

Quanto mais fortes, mais flexíveis, mais destemidos, menos apegados e consequentemente menos suscetíveis às necessidades passageiras.

O recebimento de uma atitude do outro como agressão, alerta-nos sobre a nossa própria intimidade com o mal, que o reconhece no outro pela lei da sintonia.

Quanto mais endurecidos, mais orgulhosos, mais agredidos. Só nos sentimos agredidos, porque somos orgulhosos. A fraternidade nos convida a perceber e identificar o melhor do outro através do melhor de nós mesmos. Mesmo que esse melhor seja esforço e/ou fragilidade.

A agressão, supostamente sofrida, tem o papel da vacina que, em inoculando o vírus, convoca o organismo à reação. Reação essa, que deve se transformar em prevenção e vigilância, mas que em alguns casos permite a doença.

Lembramos da história do bambú chinês, que leva 5 anos para brotar, mas quando nasce, cresce a grandes alturas. E quanto mais cresce, mais flexível se torna, chegando mesmo a se curvar até o chão diante das adversidades, voltando em seguida a erguer-se naturalmente. É essa uma postura de atenção difusa, geradora de saúde, porque permite a ação do Pai. Só vivemos aquilo que para nós é educativo.

Que não nos iludamos mais com o endurecimento, que não nos defende de nada, nem mesmo de nós. Apenas nos dá a sensação momentânea e equivocada de termos vencido. O outro é o grande instrumento de fortalecimento para nós, ainda que esse fortalecimento venha envolvido em dor. Crescer dói, porque resistimos, nos rebelamos.

Quando compreendermos que crescer é nos livrarmos das certezas que já não nos servem e abrirmos o coração confiantemente às nossas experiências, será seguramente mais fácil. Vamos perceber as vicissitudes como parte do processo e não mais como adversarias. Dessa forma libertaremos o outro do estigma de adversário e nos libertaremos do lugar de vítima, inaugurando para ambos o espaço de irmãos.

Claudete Saraiva


O silêncio do amor


Quer na doçura de um beijo
Ou na beleza de uma flor
Desponta-se forte o desejo
De ouvir-se o silêncio do amor

Quer na vida que traz a água
Ou o fogo com seu calor
Percebe-se a vontade fluindo
De sentir-se o silêncio do amor

Ainda no aconchego de um ninho
E no beijo do beija-flor
A natureza sempre sorrindo
Apresenta o silêncio do amor

Se na ternura de uma mãe 
Ou num arco-íris multicor
Verifica-se a expressão do que é
O eterno silêncio do amor

Na grata pureza de um amigo
E na renovada proposta da dor
Encontra-se forte o ensejo
De nutrir-se com o silêncio do amor

Na vida que se renova
E no Cristo consolador
O Pai sempre se expressa
Com o mais puro silêncio do amor

Leo Lopes


O mundo ideal contra violência


Ao acaso, folheando um exemplar antigo da Revista Espírita de Campos, encontrei uma matéria que me chamou atenção, e atendendo a solicitação que me foi feita de um artigo para este jornal, usei o referido texto como fonte de inspiração.

O autor, Jorge Hessen, diz num trecho o seguinte, resumidamente:
"Muitos temem a violência, erguem altos muros ao redor de suas residências, colocam cercas elétricas, contratam segurança e muitos outros procedimentos do gênero, com o objetivo de impedir que a violência os atinja. Contudo, não dão atenção a um outro tipo de violência – aquela que está fincada dentro de cada um de nós, que podemos chamar de "violência do coração", muito mais perniciosa e destruidora do que a violência de fora."

O ato da indiferença que um elege para apunhalar o outro no relacionamento doméstico é um exemplo desta "violência do coração", pois estabelece silêncios macabros às interrogações afetuosas.

Há os que condenam a violência alheia, mas, no entanto, no dia a dia, ao invés de agirem de forma pacífica e fraterna, são quais andróides, revidando com a mesma  moeda as agressividades sofridas.

É imprescindível praticarmos os Ensinos de Jesus no lar, contribuindo com a parcela de mansidão para pacificá-lo. O homem moderno precisa perceber que somente a vivência do Evangelho pode estabelecer as bases de concórdia, da fraternidade, e constituir os antídotos eficazes para minimizar a violência que ainda avassala o ninho doméstico e deságua na sociedade.

"A família não é somente foco de lutas e problemas, mas também fonte geradora de felicidade quando há entre todos os seus componentes a iluminação de princípios espirituais superiores" (Divaldo P. Franco).

A paz do mundo começa sob o teto a que nos albergamos. "Se não aprendemos a viver em paz, entre quatro paredes, como aguardar a harmonia das nações?"

Gidelma


EM TEMPO - Bingo fraterno


O mês de abril despediu-se com muita descontração para os freqüentadores da nossa casa. No dia 28/04 aconteceu o bingo fraterno, a brincadeira junto à confraternização foi realizada na residência dos Lopes da Costa que com muito carinho prepararam o ambiente. Quem compareceu pôde sentir no ar a alegria de nos receber por parte da anfitriã Norma e seus queridos familiares. Foi muito bom ganhar, além de prêmios, as melhores energias dos amigos do G. E. Culto Pedro.

Bianca Amara