sábado, 16 de abril de 2011

Amor sempre amor

O título é do livro de Richard Simonetti, de onde coletamos algumas frases e idéias para usarmos como reflexão. Como o referido título nos sugere, o foco é o amor, situando-o em três posições diferentes, a saber:

Há aqueles que jamais concebem a idéia do mal. É o amor voltado para fora, que só cogita no bem, é inspirado no altruísmo. Como exemplo de seguidores desse tipo de amor, podemos mencionar Mahatma Gandhi e Maria Teresa de Calcutá. O primeiro considera o amor como a força mais abstrata, e também a mais potente do mundo. Ele diz que o amor não é somente um estado negativo que consiste em não fazer o mal, mas também um estado positivo que consiste em fazer o bem a todos, inclusive a quem faz o mal.

O outro exemplo, a Madre Teresa de Calcutá, afirma - “Se você julga as pessoas, não tem tempo para amá-las.” É dela também o seguinte comentário: -“O senhor não daria banho num leproso nem por um milhão de dólares? Eu também não. Só por amor se pode dar banho num leproso.” São pensamentos que nos dão subsídios para sérias reflexões.

No extremo oposto temos o amor voltado para dentro, este, inspirado no egoísmo.

Podemos citar como exemplo, o subordinado que odeia seu superior, sorrindo-lhe com os lábios, amaldiçoando-lhe com o coração. Sim porque o Evangelho Segundo O Espiritismo, no seu capítulo VIII, nos diz que “A verdadeira pureza não está somente nos atos, ela está também no pensamento, porquanto aquele que tem puro o coração nem sequer pensa no mal.”

Entre esses dois extremos – o amor voltado para fora e o amor voltado para dentro - está o “amor do meio”. É o amor do religioso que, levado pelos ensinamentos cristãos, luta para vencer os impulsos do mal. Oscila e vacila entre o egoísmo e o altruísmo, numa batalha difícil, onde só a perseverança, a oração e a vivência no bem poderão ajudar a combater as tendências inferiores comuns nos seres humanos.

Por pensarem muito em si mesmos, indivíduos e coletividades envolvem-se em desonestidade, desentendimentos, brigas, violências, guerras, extermínios, perpetuando sofrimentos, dores e tristezas que fazem a infelicidade humana.

Então, se queremos ver o mundo melhor, mais feliz, temos que buscar a cada dia trabalhar para que possamos chegar o mais perto possível do amor voltado para fora, baseado no altruísmo.

Incita-nos o autor a considerar nossa casa mental um jardim necessitado de cuidados. Retirando pedras e ervas daninhas do amor voltado para dentro, semeando o Bem com um empenho tão grande que transborde em nós o amor voltado para fora, brotado do exercício do altruísmo, da solidariedade, da compreensão, de modo que o “cada um por si” e os outros que se danem”, sejam substituídos pelo “um por todos e todos por um”.


Gidelma Quintanilha Pereira


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