JI entrevista Tia Rose

Olá, querido leitor!

Tivemos a oportunidade de entrevistar a nova presidente do Culto Pedro. Sim! Temos boas perguntas e ótimas respostas para que possamos nos empenhar cada vez mais em conhecer um ao outro e crescermos juntos no trabalho fraterno com muito amor no coração!

O novo mandato se inicia em Janeiro de 2009, tendo como presidente a “Tia Rose” e como vice a Conceição Azevedo. Juntamente, os votos de bom aproveitamento dessa nova era, por todos nós. Desejamos ainda um ótimo Natal e um próspero Ano Novo, com muitas oportunidades para todos. Boa leitura!

JI - Que mensagem de Ano Novo gostaria de deixar para os tarefeiros do nosso Culto Pedro?

Gostaria, primeiramente de agradecer a todos pelo carinho que têm por mim, por acreditarem no meu trabalho, por se fazerem Presentes em meus momentos de alegria ou tristeza, e dizer o quanto todos vocês são importantes e especiais em minha vida.

A mensagem que deixo é uma especial. Reflitam:

“Sejamos nós a mudança que queremos ver no mundo” Gandhi

JI - O que será mais importante neste novo mandato?

Tudo tem prioridade, tudo é importante, mas no momento que vivemos, penso que o fundamental é consolidar laços de afetividade, união, tolerância. Fazer as pessoas terem prazer de estar umas com as outras, mesmo com pontos de vista diferentes. Conscientizarmo-nos de que não é o Culto Pedro ou Jesus que precisam de nós, mas nós que precisamos deles.

JI - Que melhorias pretende implementar em nossa casa?

Materialmente falando, poderíamos citar muitas, se dependesse apenas de nós, que estamos mais à frente desta casa. As melhorias porém, somente poderão ser implementadas com a ajuda de todos. Destacarmos algumas, seria desvalorizar outras tantas, e as necessidades são várias.

JI - O que muda com a nova presidente?

Cada companheiro que assume a casa traz sua característica. Uns são mais administrativos, outros mais sentimentais. Por isso a mudança é natural.

Os “escolhidos”, a diretoria, serão as bases essenciais nesta nova gestão. Assim como a atuação da vice presidente, que não será apenas uma substituta da presidência, mas uma figura atuante. Enfim, as mudanças serão de acordo com o evoluir das pessoas perante as tarefas a serem desenvolvidas. Não serei a mudança. Elas ocorrerão através daqueles que estiverem imbuídos do melhor para o Culto Pedro.

JI - Quais os planos para o GAENA - Grupo de Arte Espírita Nossa Amizade?

O GAENA tem dois grandes papéis, não só no Culto Pedro, mas num todo.

O primeiro é o de ser um grande laboratório de convivência;

O segundo: a divulgação da doutrina através do sentimento envolvente da arte.

Nossos planos estão em investir cada vez mais nestes dois propósitos.

JI - Em que área estamos nós, tarefeiros e médiuns da casa, mais carentes de melhoria, enquanto indivíduos?

Sinto no culto Pedro ainda uma timidez na união, uma dificuldade na convivência. Temos muitas propostas, planos belíssimos, mas que muitas vezes não funcionam por conta de nosso individualismo, nosso egoísmo, nosso orgulho. Muitas são as críticas, as falas e pouco ainda é o conhecimento da causa, as mãos no trabalho . Digo isso, não generalizando. Observo, não como crítica, mas como reflexão, as dificuldades que enfrentamos nas conclusões de tarefas, que poderiam ser fáceis e prazerosas e que se tornam desgastantes por conta de nosso personalismo. Penso que esta é a área onde todos nós estamos carentes de melhoria.

“Espíritas, amai- vos. Eis o primeiro ensinamento. Instruí –vos, eis o segundo” .

JI - Como você se decidiu a ser presidente da casa?

Reformularia esta pergunta da seguinte forma:

“Por que aceitei a presidência do Culto Pedro”?

- Por motivos maiores que a razão ou a emoção. Diríamos que por amor a tudo o que já vivi e aprendi no culto Pedro.

JI - Como está se sentindo neste lugar?

Não me sinto neste lugar. Não me sinto na presidência. Sinto-me como parte integrante de um grupo que tem por objetivos a felicidade, a paz, dele e de outros, com apenas a diferença de assinaturas burocráticas. Os homens encontraram um meio de se acomodarem, por isso um dia inventaram posições como a de líder, de presidente, prefeito... Fica mais fácil vivermos de bengalas, na acomodação, sermos os mornos nas decisões. Enfim, penso que já é hora de mudarmos isso , de aprendermos a ser um todo. “Unir para governar”. Cada individuo é uma célula neste organismo chamado universo e, como células unidas, seremos mais fortes nesta oportunidade de felicidade e não precisaremos de ninguém no comando central. É claro que também sentindo a responsabilidade pois, querendo ou não, acabamos sendo o foco das atenções.

JI - Quais suas propostas?

Nossas propostas são um tanto quanto sonhadoras, ao olhar de nossa realidade, perante os acontecimentos do mundo de hoje, mas possíveis para aqueles que conhecem Jesus e que querem se modificar. E nós acreditamos nelas, como acreditamos em todos vocês, para vivenciá-las junto de nós . Chamo nossas propostas de ensaios. Prefiro não comentá-las na íntegra. Penso que deverão ocorrer normalmente, através dos passos que formos dando. Propagar propostas é prometer. Palavras, muitas vezes se perdem no vento. Temos objetivos a serem alcançados, mas que não dependerão só de minhas propostas , mas de todos. Temos palavras chaves deste ensaio. São elas: a união, que promove a melhor convivência e que finaliza no amor. Lembro-me de Jesus: “Meus discípulos serão reconhecidos por muito se amarem.” Este deveria ser o nosso perfil: Amor.

JI - Que desafios imagina que enfrentará?

Respondo esta pergunta também de uma forma diferente.

Não imagino desafios. Chamo-os de oportunidades.

Durante muito tempo, a presidência nesta casa é tida como algo sacrificial, desgastante e precisamos mudar esta imagem, mudar este perfil. Tentar mostrar as pessoas que, estar à frente de um núcleo religioso, deve ser algo bom, prazeroso, evolutivo e não algo que nos faça sofrer. E esta é a oportunidade, penso.

Mas repito uma frase de Jesus que tem me ajudado muito:

“Não andeis ansiosos pelo dia de amanhã”...

Vivenciarei as oportunidades que merecer e que serão bem vindas, nas lagrimas ou no sorriso, e as entenderei como aprendizados para a minha vida.

Gostaria de dizer a todos que me apoiaram nesta nova fase, que não tenham expectativas de que serei a mudança de problemáticas que vimos vivenciando há vários anos nesta casa . A nossa boa vontade conta nesta gestão, assim como o companheirismo, a presença de todos nesta proposta de mudança. Todos somos seres em evolução, com erros, defeitos, qualidades, valores, sujeitos a quedas ou a êxito e, por isso peço a todos compreensão , críticas produtivas, cooperação, participação. Conto com a colaboração de TODOS.