
José Carlos, o senhor foi escolhido pelo Jovens Ideais, para ser o Pai entrevistado nesta edição, escolhido por ser pai e avô na vida real e por ser pai também na ficção (Um Cotidiano Chamado Família).
JI- Penso que você nem sempre foi espírita, estou certa? Então, após o conhecimento espírita você teve uma postura diferente como Pai?
R. Sim. Os ensinamentos espíritas que registrei me deram o equilíbrio para que eu entendesse o que é ser Pai, não apenas na matéria, mas sobretudo no espírito.
JI- Na sua opinião o que é ser Pai?
R. Ser pai é receber com profundo amor aquele ser tão esperado, tão amado. É ter a responsabilidade de orientar o filho levando ao seu conhecimento o sentido do amor fraterno, do respeito mútuo e ensinando-lhe a combater as injustiças e o egoísmo, e não apenas por palavras mas agindo para que se materialize o ensinamento aplicado.
JI- A propósito são quantos filhos?
R. São cinco ao todo, 4 filhas e 1 filho.
JI- É tarefa fácil educar um filho para o mundo?
R. Cada Filho é um livro, onde os pais são os autores e através de exemplos edificantes lança-o no mundo na esperança de se tornar um best-seller. Educação e instrução são responsabilidades dos pais, entretanto, muitos pais se voltam para os filhos como se fossem investimentos, quando pensam tão somente na educação e instrução para atingir metas materiais e muitas vezes não levam a estes a maior orientação que o pai pode deixar para os filhos: Que a matéria é efêmera mas o espírito é eterno, e que só levaremos para o plano espiritual os atos que praticarmos. Cabe ao Pai orientar e ensinar o filho a distinguir o trigo do joio.
JI- Você aprende muito com os seus filhos?
R. E como tenho aprendido! Lições de amor, lições de compreensão, lições de altruísmo, enfim, lições de vida.
JI- Quais os valores que um Pai deve passar para os filhos?
R- Respeito, que deve ter para consigo e para com os outros; Justiça, para não cometer atos injustos mas muitas vezes legais; Verdade, mesmo não conhecendo-a absolutamente ainda, mas aplicando sempre a verdade relativa que está junto de nós; Existem ainda outros valores que devem ser ensinados que são: o altruísmo, a tolerância, a paciência e outros mais.
JI- Qual o momento mais marcante na sua trajetória de Pai?
R. Foram muitos momentos marcantes: O nascimento de cada um deles e as descobertas de que dois deles são deficientes visuais, o que no princípio me abalou profundamente. Hoje agradeço à Deus e a esta doutrina que eu professo e que me mostrou caminhos que me levaram ao equilíbrio e a compreensão.
JI- O que você diria para um jovem pai e que experiência você passaria?
R. Que devem amar o filho com profundidade, respeitando e orientando-o sempre e nunca fazendo com que ele venha a temê-lo.
JI- Como foi para você ser um Pai na ficção?
R. O convívio com todos aqueles que participaram da peça me mostrou um carinho, um afeto, um respeito que se formou nesta equipe onde todos tem o condão de ouvir e melhorar o seu desempenho. Outrossim, quero também deixar lavrado que as pessoas que formaram àquela família, mãe e filhos estão inseridos na minha mente e no meu coração como se fossem verdadeiros parentes pelos laços da consangüinidade.
JI- O que você responderia hoje se lhe fosse perguntado: “que fizestes com os filhos que lhes confiei?”
R. Que procurei e procuro levar aos filhos exemplos de probidade, de honestidade, moralidade e transparência, de amor e de não julgar sem antes não se colocar na posição do outro de não ser soberbo e cultivar a simplicidade e de ser justos.
Jovens Ideais e José Carlos