Nestes 10 anos de Culto Pedro, foram muitas as emoções. Com muita convicção, não vim pela dor, mas sim pela necessidade que sentia de algo mais. Havia em mim uma busca inconsciente por alguma coisa maior.
Entrei na Casa pelo tratamento Espiritual e estou aqui até hoje, graças a Deus.
O meu primeiro grupo de estudo foi o do Evangelho com Conceição Azevedo. E foi aí que se iniciaram as minhas grandes descobertas. Debaixo de muita emoção, percebi que não estava vendo tudo aquilo pela primeira vez, mas recordando coisas, ensinamentos que faziam parte da minha vida e que estavam esquecidos. À medida que o tempo passava, fui me sentindo em casa, acolhida e amada. E assim fui me integrando nas diversas tarefas. Sem com isso me descuidar dos estudos, como o Livro dos Espíritos, com a nossa querida Eliete e, paralelamente, as obras de André Luiz, com a nossa querida Claudete e ainda, aos sábados, Reforma Íntima sem Martírio, com Ruth. E por aí, vamos cuidando de alargar nossos conhecimentos, porque sabendo que é através do conhecimento da verdade que nos libertaremos, sigo em frente tentando vencer os desafios que me aparecem.
Outro grande desafio foi fazer parte da oficina de teatro, onde juntos, em equipe, conseguimos levar aos palcos do Teatro de Bolso e do Trianon “Um Cotidiano Chamado Família”, com a direção, apoio, paciência e desprendimento de nossa grande Rose.
Pensando eu que já estava de bom tamanho, e que já pudesse respirar aliviada com o dever cumprido, eis que surge um novo desafio: fazer uma palestra sobre Chico Xavier.
Houve neste período, momentos de pânico e recuo, outros de determinação e coragem, e nessa alternância de sentimentos, consegui montar o estudo, com ajuda de algumas companheiras e realizei a palestra, graças a Deus.
Hoje, refletindo sobre tudo isso, percebo que na verdade, recebi um grande presente de Deus. Aprendi a conhecer a fundo o nosso querido Chico, aprendendo a amá-lo e tê-lo como exemplo, pois ele foi para nós, enquanto aqui esteve, a humildade. A sua vida, o seu jeito de ser, as suas lutas enternecem a todos nós.
Companheiros, nestes 10 anos de Culto Pedro, eu consegui combater em mim um pouco dos meus medos, da acomodação, do desânimo e da tristeza. E adquiri mais confiança, mais coragem, mais alegria e, principalmente, aprendi a aceitar aquilo que não podemos mudar. Isso tudo me faz lembrar de uma passagem em que Emmanuel fala para Chico “o bem que fazemos é o nosso bem”. E que, quando damos, recebemos muito mais. Talvez seja esse o motivo que me faz ter uma preferência toda especial por duas tarefas da Casa, que mais me tocam o coração – o passe no João Viana e a Caravana da Saúde, no quarto sábado de cada mês. O que sentimos ao retornar destas tarefas é indescritível. Isso me dá a certeza que estou no caminho certo.
Edma Magalhães
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